Pular para o conteúdo
Geral

Dilma peita STF, mantém Orçamento e tenta controlar reajustes

Apesar de ter recebido um ofício em tom de intimação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, a presidente Dilma Rousseff decidiu que não vai refazer a proposta do Orçamento do ano que vem para incluir o reajuste salarial do Judiciário. O governo já sabe, porém, que o Congresso está disposto a […]
Arquivo -

Apesar de ter recebido um ofício em tom de intimação do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, a presidente Dilma Rousseff decidiu que não vai refazer a proposta do Orçamento do ano que vem para incluir o reajuste salarial do Judiciário. O governo já sabe, porém, que o Congresso está disposto a aprovar o aumento, o que faz a equipe econômica temer pelo pior: que o reajuste desate reivindicações em série por aumentos em setores do funcionalismo que têm salários bem menores, como militares, Receita e da Polícia Federal.

O ofício de Peluso, encaminhado na quinta-feira da semana passada, pergunta se Dilma pretende incluir na proposta orçamentária para o próximo ano recursos para garantir os reajustes dos juízes e funcionários. Foi enviado um dia após a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ter dito no Congresso que o governo não trabalha com a possibilidade de elevação das remunerações do Judiciário em 2012. O custo total do aumento do Judiciário é de R$ 8,350 bilhões. Isso faria com que os salários dos ministros do STF saltassem de R$ 26.723,13 para R$ 32 mil.

Depois de tirar do Orçamento o aumento pedido pelos juízes, o máximo que o Planalto aceitou, quando o Supremo reclamou do corte, foi enviar a proposta de reajuste para a Comissão Mista do Congresso. “Mas a proposta orçamentária oficial, a que o governo enviou no dia 31 de agosto, não será mexida pelo Planalto”, disse um assessor da Presidência.

Recomposição. Para os representantes dos magistrados e dos servidores do Judiciário e do Ministério Público, eles não estão pedindo um reajuste, mas apenas uma “recomposição monetária” de um segmento que não tem reajuste desde 2006 – o que não é verdade, pois entre janeiro de 2002 e dezembro do ano passado, os ministros do STF tiveram um aumento real de 34%.

“Temos que ter um juiz para resolver isso (liberação do aumento) e o parlamentar é que fará esse papel”, disse o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Nelson Calandra. O coordenador-geral do Sindicato dos Trabalhadores do Poder Judiciário e MPU no DF, Berilo José Leão Neto, disse que os parlamentares já estão “sensíveis” ao pedido de “recomposição”. “Estou bastante confiante.”

O grande temor do governo é de que o aceno do Congresso abra uma fila de categorias reivindicando o mesmo reajuste.

Diante da defasagem dos salários médios comparados com os do Judiciário (R$ 12 mil) e do Ministério Público (R$ 20 mil), a expectativa é de que os militares que recebem, em média, R$ 4,8 mil façam uma pressão enorme por reajuste. A mesma atitude deverá ser adotada pela Receita Federal e a Polícia Federal, que têm salários médios de R$ 16,8 mil e R$ 16,3 mil, respectivamente.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

País tem 32 casos confirmados de intoxicação por metanol

Uma tonelada de maconha é apreendida em caminhão carregado com óleo vegetal

dolar

Dólar fecha em queda de 0,75% em pregão de ajuste após aceno de Trump à China

Com sete medalhas de ouro, ‘Boxe elite’ conquista título de bicampeão estadual em Corumbá

Notícias mais lidas agora

detran

‘Peixe pequeno’: mais um ex-servidor vira réu por corrupção no Detran-MS

Supercopa no Guanandizão será chance de fãs verem jogador de 2,10 metros com fama de galã

Justiça determina perícia para avaliar fraudes no contrato de R$ 59 milhões do Sigo

br 163 duplicações rodovia quilômetro

Senado faz audiência pública para discutir contratos de concessões de rodovias

Últimas Notícias

Esportes

Mariana D’Andrea conquista prata no Mundial de Halterofilismo

A medalha de ouro nesta disputa ficou com a chinesa Tan Yujiao, que levantou 146 quilos

Cotidiano

Coleta de assinaturas pelo fim do contrato com o Consórcio Guaicurus começa em terminais

Iniciou-se nesta segunda-feira (13) coleta de assinaturas da petição pelo fim do contrato com o Consórcio Guaicurus, nos terminais de Campo Grande. Com inúmeras reclamações diárias sobre o transporte coletivo, mais de 7,9 mil pessoas já assinaram o documento que solicita intervenção no transporte público do município. A primeira ação aconteceu nesta segunda, no Terminal … Continued

Brasil

Inep abre inscrições para médicos elaboradores de questões de provas

As inscrições devem ser feitas no Banco Nacional de Itens da Educação Superior

Trânsito

VÍDEO: Kombi pega fogo na 15 de Novembro

Corpo de Bombeiros foi acionado ao local