Corumbá concentra mais de 20% das queimadas de MS

Corumbá lidera o ranking estadual de queimadas do ano com quase 90 focos de incêndios florestais este ano. Os dados são da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Somente este mês, a cidade teve 11 registros contabilizados […]

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Corumbá lidera o ranking estadual de queimadas do ano com quase 90 focos de incêndios florestais este ano. Os dados são da Divisão de Satélites e Sistemas Ambientais do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC), vinculado ao Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Somente este mês, a cidade teve 11 registros contabilizados pelo INPE. Num distante segundo lugar aparece Porto Murtinho, com 27 registros. Logo depois vem Nova Alvorada do Sul com 18 focos.

Até agora, os satélites de monitoramento do INPE registraram 87 focos de queimadas em Corumbá desde o começo do ano, entre os dias 1º de janeiro a 11 de agosto. Com isso, a cidade contabiliza 21,6% dos casos do Estado ao longo de 2011. Em Mato Grosso do Sul, em agosto, foram registrado 76 focos. Durante todo o ano, esse total chega a 404 casos.

Os números revelam que ao longo do primeiro semestre de 2011, a principal cidade pantaneira teve 71 focos de incêndios florestais contabilizados. O total nos primeiros seis meses deste ano é praticamente a metade dos 155 registros entre janeiro e junho de 2010.

As passagens dos satélites do Instituto de Pesquisas Espaciais revelaram que janeiro foi o mês de maior incidência de queimadas este ano em Corumbá. Nos primeiros trinta e um dias de 2011, a cidade contabilizou 44 focos de incêndios florestais. Os meses de maior precipitação pluviométrica – março e abril – não registraram ocorrências de queimadas.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais registrou 237 focos de queimadas em todo o país. A maioria concentrada nas regiões Norte e Centro-Oeste. Na maior parte dessas regiões, o risco de queimadas é considerado alto ou crítico. A estiagem e a baixa umidade relativa do ar aumentam o risco de incêndios.

Brigada

Até o final deste mês, os 29 profissionais da Brigada de Combate a Incêndios Florestais, do Centro Especializado em Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo), começam a atuar em Corumbá. O grupo tem contratação provisória e vai atuar na região até o final deste mês. Este ano, o Prevfogo vai manter um esquadrão com sete brigadistas na Serra do Amolar, localizada na região norte de Corumbá.

O Ibama vai disponibilizar os equipamentos necessários ao trabalho de prevenção e combate tais como veículos, bombas-costais, abafadores, moto-bomba, roçadeiras, e demais ferramentas utilizadas na prevenção e combate aos incêndios florestais.

Na Bolívia

Os satélites do INPE também registraram os focos na Bolívia. Este mês foram contabilizados 453 focos naquele país. Desse total, 246 só no departamento de Santa Cruz, cuja província de German Busch faz fronteira com Corumbá. Ao longo do ano, segundo o monitoramento, a Bolívia teve 1.525 focos, sendo 850 só na região departamental de Santa Cruz.

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