Corpo de Itamar é levado para Minas Gerais

O corpo do ex-presidente da República e senador Itamar Franco deixou na manhã deste domingo o Hospital Albert Einstein em direção ao Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. O corpo de Itamar, que morreu no sábado aos 81 anos, será levado a Juiz de Fora (MG) por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Na […]

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O corpo do ex-presidente da República e senador Itamar Franco deixou na manhã deste domingo o Hospital Albert Einstein em direção ao Aeroporto de Congonhas, na capital paulista. O corpo de Itamar, que morreu no sábado aos 81 anos, será levado a Juiz de Fora (MG) por um avião da Força Aérea Brasileira (FAB).

Na cidade mineira, o corpo será velado na Câmara Municipal. Na segunda-feira, será levado para a capital de Minas, Belo Horizonte, onde será velado no Palácio da Liberdade. A cremação será feita em Contagem, na região metropolitana de BH, no fim da tarde.

O comboio que leva o corpo de Itamar ao aeroporto é composto por quatro carros, sendo um da funerária (que carrega o caixão), um do cerimonial e dois disponíveis para a família. Porém, não há confirmações da presença de nenhum familiar no local. A escolta foi feita por motos da Polícia do Exército e da Polícia Militar, totalizando 20 veículos.

Em Juiz de Fora, cerca de 750 policiais militares cuidam da segurança no velório do senador. Dezenas de militares do Exército também participam da operação.

Um caminhão do Corpo de Bombeiros já está posicionado no aeroporto para levar o corpo do senador pelas ruas da cidade até a Câmara Municipal. A distância do trajeto é de cerca de 10 quilômetros. Algumas ruas da cidade foram fechadas, em um esquema especial do cortejo. A prefeitura recomenda à população que utilize o transporte público para comparecer ao velório, para o qual são aguardadas 30 mil pessoas.

São esperados o vice-presidente Michel Temer (PSDB); o governador de Minas, Antonio Anastasia; além dos senadores Aécio Neves (PSDB); o ex-presidente e presidente do Senado, José Sarney (PMDB); e o ex-presidente Fernando Collor (PTB).

O senador, que havia contraído uma pneumonia grave durante o tratamento contra leucemia ao qual era submetido desde o dia 21 de maio, era divorciado e deixa duas filhas.

Políticos brasileiros lamentaram a morte de Itamar. A presidenta Dilma Rousseff, que decretou luto oficial de sete dias, disse que recebeu a notícia com “tristeza” e que o senador “deixa trajetória exemplar de honra pública”.

Foi durante o mandato de pouco mais de dois anos de Itamar – entre outubro de 1992 e dezembro de 1994 – à frente do Palácio do Planalto que surgiu o Plano Real, programa econômico responsável pela estabilização da moeda. O plano, apresentado pelo então ministro Fernando Henrique Cardoso, permitiu o crescimento e o otimismo que o País viveu nas últimas duas décadas.

Ao mesmo tempo em que enfrentava a inflação, Itamar foi alvo da língua afiada de críticos de seu governo, que apelidaram sua gestão de “República do Pão de Queijo”, uma alusão às nomeações de políticos do segundo e terceiro escalões de Minas Gerais, seu berço político, para ministérios em Brasília. Depois do mandato, de volta a Minas, Itamar exibiu um lado genioso ao decretar a moratória das dívidas do Estado.

Com a morte de Itamar, assume sua cadeira no Senado Federal o suplente José Perrella de Oliveira Costa, conhecido como Zezé Perrella, ex-presidente do clube mineiro de futebol Cruzeiro.

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