Pular para o conteúdo
Geral

Bebê morre em maternidade e pais acreditam que houve negligência da equipe médica

Pais afirmam que a gestante fez todo acompanhamento médico e que nada de 'anormal' foi verificado. Agora, esperam por respostas e tentam superar a perda da primeira filha do casal.
Arquivo -

Pais afirmam que a gestante fez todo acompanhamento médico e que nada de ‘anormal’ foi verificado. Agora, esperam por respostas e tentam superar a perda da primeira filha do casal.

Uma criança morreu na Maternidade Cândido Mariano, no dia 22 de junho, depois de a mãe ter peregrinado na mesma unidade hospitalar no dia anterior com dores do parto e ter sido mandada de volta para casa pelo médico plantonista. O caso foi comunicado à polícia e registrado como morte a esclarecer. Os pais acreditam que ocorreu um erro e negligência médica.

A gestante Patrícia Oliveira Domingues, 20 anos, estava grávida da menina Nathália e fazia o acompanhamento pré-natal regularmente com o médico que ela identifica pelo nome de Valdimário. No dia 21 a mãe fez os exames de rotina pela manhã com ele e estava tudo bem, conforme o relato do profissional. Segundo ela, o médico viajou no mesmo dia.

No dia 22 pela manhã, Patrícia relata que sentia dores na barriga e ligou comunicando o esposo Washington Luiz dos Santos Viana, que estava trabalhando. O marido veio imediatamente, mas como as dores estavam praticamente normais para uma gestante quase no nono mês de gravidez, o casal decidiu esperar um pouco.

Por volta das 15h do dia 22, Patrícia começou a sentir mais dores e então o marido a levou para a unidade de saúde 24h do bairro Coophavila, onde o médico plantonista a examinou e deu um encaminhamento para a Maternidade Cândido Mariano. “Lá dizia que eu estava em trabalho de parto. Minhas contrações aconteciam de cinco em cinco minutos e duravam em média um minuto cada”, garante ela.

Aproximadamente às 17h o casal chegou à Maternidade. Patrícia fez ficha e o médico plantonista, identificado pelo casal pelo nome de Cícero Neto, a examinou. “Ele disse que meu colo uterino estava fechado e receitou paracetamol e hioxina. Eu ainda perguntei se ao invés do paracetamol não era bom tomar buscopan. Daí ele perguntou se eu tinha o composto. Eu disse que não e ele deixou a mesma receita”, diz. Ainda de acordo com a gestante o médico ainda teria dito que o bebê poderia estar se encaixando para nascer, por isso as dores.

O médico Cícero, segundo Patrícia determinou que ela tomasse o medicamento de seis em seis horas. Mas ela afirma ter insistido que seu parto era cesariana como do primeiro filho, hoje com cinco anos. “Ele disse que, plantonista, só se fosse parto normal. Que se fosse cesárea teria que esperar o médico que me atendia, que estava viajando e chegaria no outro dia. Disse que era pra voltar lá só se tivesse sangramento ou por perda de líquido”, relata.

Patrícia conta que voltou para casa e passou a tomar a medicação, porém as dores não paravam e pioraram na madrugada. De manhã quando foi ao banheiro escorreu um líquido verde e então o esposo a levou de volta para a Maternidade Cândido Mariano, onde foi atendida pelo plantonista identificado pela gestante como Drº Santos.

“Ele me examinou e me perguntou como que eu tinha voltado pra casa se estava em trabalho de parto. Ele tentou ouvir o coraçãozinho da minha filha e como não conseguiu mandou que me levassem às pressas pra sala de parto”, lembra.

Segundo Patrícia, o procedimento de cesariana foi feito pelo médico João Roberto de Lima, com assistência de Luciana B. de Lima, nomes que constam no prontuário. A cirurgia começou por volta das 8h e as 9h20 veio a notícia de que o bebê nasceu morto. “Falaram no IML que ela nasceu viva e morreu depois. Também penso isto porque quando tiraram ela de mim, saíram correndo com ela nos braços”, diz.

Documentação

Patrícia e o esposo apontam que alguns documentos trazem informações desencontradas sobre toda peregrinação da gestante na tentativa de ter sua filha. O primeiro questionamento do casal é que o encaminhamento da unidade de saúde da Coophavila ‘sumiu’. A receita de um dos plantonistas da maternidade aponta o remédio paracetamol, mas no prontuário está descrito buscopan. No prontuário consta que da primeira vez, a gestante foi de casa para o hospital, mas na verdade ela foi do posto de saúde pra lá.

Providências

O casal procurou a Associação das Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul, que tem sede em , em busca de orientação jurídica para que obtenha explicações sobre a morte do bebê. O presidente da entidade, Valdemar Morais de Souza disse á reportagem que estão sendo solicitadas documentações e providências por parte do Conselho Regional de Medicina e do Ministério Público Estadual para depois decidir se entra com ação criminal.

O representante da entidade também disse que vai pedir à Justiça um acompanhamento psicológico para o casal.

Compartilhe

Notícias mais buscadas agora

Saiba mais

Rodrigo Godoy se pronuncia após ser acusado de abandonar Preta Gil: ‘Não sabe de nada’

show da dupla marcos e belutti em campo grande no festival do soba

Confira horário e local do show gratuito de Marcos e Belutti nesta quarta em Campo Grande

Idosos do Vovó Ziza recebem palestra sobre cuidados com golpes

Trump assina ordem executiva que prevê tarifa adicional de 25% à Índia por negócios com Rússia

Notícias mais lidas agora

Início do tarifaço impacta carne de MS, mas ‘livra’ outros dois principais produtos

denúncia mpf pedágio br-163 ccr

Motiva lucra R$ 480 milhões na BR-163 em MS após vencer leilão no 2º trimestre

governo redução contenção gastos milhões

Com corte de gastos, Governo de MS prevê economia de R$ 650 milhões até o fim do ano

salário

Prefeitura paga salário de servidores de Campo Grande nesta quarta-feira

Últimas Notícias

Polícia

Acusado de matar Leo Veras, ‘Cachorrão’ reaparece e diz que deputado pediu US$ 20 mil após assassinato

‘Cachorrão’ está foragido e deu entrevista a uma rádio na fronteira

Política

‘PSDB acabou’: Bancada em MS se articula para acomodar mudanças na direção do partido

A atual chefia da sigla tucana deve migrar para o PL, mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro

Transparência

União aprova crédito de R$ 10,4 milhões para Prefeitura de Ivinhema

Crédito deve ser utilizado no desenvolvimento e melhorias na área urbana de Ivinhema

Polícia

Quadrilha que enviava drogas e armas por avião de MS é alvo de operação da Polícia Federal

Uma pessoa foi presa em Mato Grosso do Sul