As instituições financeiras reduziram a previsão de inflação para este ano, segundo pesquisa divulgada hoje (23) pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Apesar de a estimativa para o Índice de Preços Nacional ao Consumidor Amplo (IPCA) ter caído apenas 0,1 ponto percentual – de 6,3% em maio para 6,2% em junho -, o economista-chefe da Febraban, Rubens Sardenberg, afirma que as expectativas são positivas.

“A gente vinha em um cenário de progressiva deterioração e isso se inverteu”, avaliou Sardenberg. O Índice Geral de Preços de Mercado (IGPM), que reajusta os aluguéis, teve a previsão reduzida de 6,9% para 6,3%.

O levantamento, que ouviu 31 analistas de mercado entre 16 e 21 de junho, indica, segundo Sardenberg, que os bancos acreditam que a economia está “no rumo do ajustamento”. “Os agentes trabalham agora com uma expectativa de inflação contida e também com um nível de atividade mais baixo, levando em consideração as medidas que o governo tomou para conter o processo inflacionário.”

A previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) sofreu ligeira queda, de 4,1% em maio para 3,9% no estudo deste mês. O PIB industrial teve a maior redução na expectativa, de 4% em maio para 3,6 em junho.

Em relação ao crédito, também houve diminuição na estimativa de expansão, de 16,7% para 16,5%. Para as operações crédito envolvendo pessoas físicas a previsão de crescimento saiu de 15,8% em maio para 15,4% neste mês. No ano passado as operações de crédito tiveram aumento de 20,5%.

Para Sardenberg, os indicadores apontam que não haverá necessidade de medidas adicionais contra a inflação nós próximos meses. No entanto, de acordo com ele, ainda não se sabe como será a evolução de preços no próximo ano. A previsão dos bancos para a inflação de 2012 é de 5,1% para o IPCA e 5% para o IGPM.