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Após recorde de queimadas, País tem aumento tímido em nº de brigadistas

Depois de registrar um recorde de queimadas no ano passado, quando o fogo atingiu áreas importantes de floresta e levou ao fechamento temporário de parques nacionais, a resposta do governo para evitar um novo episódio semelhante neste ano é aumentar timidamente o número de brigadistas e áreas monitoradas. Apesar de elogiada, a medida é considerada […]
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Depois de registrar um recorde de queimadas no ano passado, quando o fogo atingiu áreas importantes de floresta e levou ao fechamento temporário de parques nacionais, a resposta do governo para evitar um novo episódio semelhante neste ano é aumentar timidamente o número de brigadistas e áreas monitoradas. Apesar de elogiada, a medida é considerada insuficiente por especialistas.

O período crítico para queimadas começa neste mês e se intensifica a partir de agosto. O aumento do desmatamento na Amazônia, registrado nos últimos meses por satélites pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é outro fator que desperta preocupação. Depois que uma área é desmatada, o fogo é usado para limpar o terreno.

Segundo o coronel Wanius Amorim, coordenador do setor de queimadas do Ministério do Meio Ambiente, o Ibama atuará em 104 municípios críticos contra 86 no ano passado – um crescimento de 20,9%.

O número de brigadistas passará de 1,8 mil para 2.041 – um aumento de 13,3%. Christian Niel Berlinck, coordenador de Emergências Ambientais do Instituto Chico Mendes, responsável pelos parques nacionais, confirma que a quantidade de brigadistas passou de 1.580 para 1.631 entre 2010 e 2011 – um crescimento de 3,2%. E o número de unidades de conservação (como parques, estações ecológicas ou reservas) com brigadas também teve um aumento tímido – de 95 para 98. “A intenção é chegar a 2 mil brigadistas contratados até 2013.” Hoje, cerca de dez unidades de conservação têm programa de voluntariado para prevenir e combater incêndios florestais. São 300 brigadistas voluntários até o momento. Segundo Berlinck, esse efetivo deve aumentar até agosto e setembro.

Críticas

 Para o pesquisador da Universidade de Exeter Luiz Aragão, especializado em ciências ambientais e sensoriamento remoto, é preciso avançar mais. Segundo ele, há a necessidade de conscientizar a população para reduzir e até mesmo parar de usar o fogo como ferramenta de manejo nas propriedades rurais. “É necessário que os governos, por exemplo, ofereçam alternativas para o manejo da terra livre de fogo e ofereçam suporte para que isso se concretize.” Em sua opinião, o Estado do Acre está dando um passo à frente ao tentar introduzir uma política de “fogo zero”, preparando os diversos setores responsáveis pelo controle do fogo para operarem de forma integrada.

Assuero Veronez, da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária (CNA), avalia que esse aumento de pessoal no combate a incêndios é “quase nada frente à necessidade que temos”. “Colocar fogo para limpar a área é uma prática que está caindo em desuso. Médios e grandes produtores não a utilizam mais.” Ele admite, porém, que pequenos produtores ainda dependem dela, pois não têm tratores para limpar as áreas. Alberto Setzer, pesquisador do Inpe, diz que 2010 foi um ano muito seco. Ele diz que é difícil prever como será neste ano. “No momento está melhor, mas a situação ainda pode piorar.” Campeões do fogo.

Os Estados recordistas de focos de incêndio em 2010 foram Mato Grosso e Tocantins. O secretário adjunto de Mudanças Climáticas do Mato Grosso, Júlio César Bachega, afirmou que a meta é reduzir em 65% os focos de calor neste ano. Para isso, foi feita uma campanha de conscientização e a proibição à queimada na agricultura, que começou mais cedo, durará pelo menos um mês e meio a mais que em 2010. Ele afirma ser raro um incêndio com causas naturais. “Geralmente, eles são provocados pelo homem. Por isso, não adianta todo o esforço do governo se não houver consciência da população.” Ele afirma que a maior parte dos focos registrados neste ano está em assentamentos.

O secretário de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Tocantins, Divaldo Rezende, conta ter sido criado um programa de ação e controle de queimadas no Estado – que, segundo ele, está apresentado resultados. “No mesmo período do ano passado tivemos cerca de mil focos e, neste ano, foram 400.” Ele ressalta que a questão das queimadas não é apenas ambiental, mas econômica.

O Tocantins tem buscado ajuda para a compra de equipamentos de países como o Canadá, reconhecido pela maneira como lida com os incêndios florestais. Um dos equipamentos é chamado de “bambi basket”, capaz de armazenar 500 litros de água e jogá-la com precisão em focos de incêndio.

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