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Após rebelião de ministros, premiê grego deve renunciar

Em meio a uma grave crise política, aprofundada pela divisão em torno do referendo sobre o pacote de ajuda europeu, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, deverá renunciar ao cargo em breve, segundo afirmam à BBC fontes ligadas ao governo.
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Em meio a uma grave crise política, aprofundada pela divisão em torno do referendo sobre o pacote de ajuda europeu, o primeiro-ministro grego, George Papandreou, deverá renunciar ao cargo em breve, segundo afirmam à BBC fontes ligadas ao governo.

Papandreou encontrará o presidente do país, Karolos Papoulias, imediatamente depois de uma reunião de emergência do gabinete de governo.

O premiê, de acordo com as fontes ouvidas pela BBC, deverá propor a formação de um governo de união nacional, com o ex-presidente do Banco Central grego Lucas Papademos à sua frente.

O governo grego está à beira do colapso, depois que quatro ministros, incluindo o ministro das Finanças, Evangelos Venizelos, haviam afirmado que não apoiam o plano de Papandreou de realizar um referendo popular sobre o último pacote de ajuda financeira ao país aprovado pela União Europeia.

Além disso, pelo menos três deputados da situação deveriam votar contra Papandreou durante um voto de confiança que o governo enfrentaria nesta sexta-feira.

Como a maioria controlada pelo governo é magra – 152 cadeiras de um total de 300 –, a deserção mesmo de três deputados significaria o fim da linha para o governo de Papandreou.

Sem a confiança do Parlamento, o gabinete é dissolvido e novas eleições são convocadas.

Referendo
O governo está dividido entre realizar ou não o referendo. A data da votação ainda não foi definida, mas a ideia é que seja no início de dezembro.

No entanto, o fim do governo de Papandreou interromperia os planos.
Para Venizelos, a participação da Grécia na zona do euro é uma conquista histórica e não pode depender de um referendo.

“Se queremos proteger o país precisamos, com unidade nacional e seriedade política, implementar sem demora as decisões tomadas no dia 28 de outubro”, afirmou o ministro, através de um comunicado divulgado nesta quinta-feira.

Naquela data, os países da eurozona concordaram em conceder à Grécia um segundo pacote de ajuda no valor de 130 bilhões de euros. Os bancos privados concordariam em perdoar 50% da dívida grega em seu poder.

Em troca, a Grécia teria de cumprir metas de austeridade que incluiriam o corte de salários e a demissão de funcionários públicos.

O ministro do Desenvolvimento, Michalis Chryssohoidis, que também se rebelou contra o governo, disse que a prioridade do país deve ser supervisionar a ratificação pelo Parlamento do acordo de ajuda fechado com a UE.

Destino dentro da EU
Exercendo pressão sobre o governo grego, a Comissão Europeia disse nesta quinta-feira que os tratados da União Europeia “não preveem a saída da eurozona sem sair da UE”.

Nessa quarta-feira, a chanceler alemã, Angela Merkel, e o presidente francês, Nicolas Sarkozy, decidiram interromper a ajuda financeira à Grécia até o resultado do referendo.

Diversos deputados do partido do governo, o socialista Pasok, pediram que a decisão sobre aceitar ou não os termos de ajuda seja do Parlamento.

A crise grega promete ofuscar o encontro do G20, o grupo dos principais países industrializados e emergentes, que começa nesta quinta-feira em Cannes, na França.

Os líderes da zona do euro queriam apresentar um plano de ação definitivo para solucionar a crise grega, que incluísse o aporte de países emergentes, como a China e o Brasil, para expandir o mecanismo europeu de estabilização financeira.

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