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Aliados da Otan discordam sobre cessar-fogo na Líbia

Sinais de discórdia surgiram dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na quarta-feira sobre a campanha aérea contra o líder líbio, Muammar Gaddafi, com a Itália defendendo o cessar-fogo e uma negociação política e a França e a Grã-Bretanha rejeitando a ideia. A China também assinalou uma mudança de posição sobre o conflito, […]
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Sinais de discórdia surgiram dentro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) na quarta-feira sobre a campanha aérea contra o líder líbio, Muammar Gaddafi, com a Itália defendendo o cessar-fogo e uma negociação política e a França e a Grã-Bretanha rejeitando a ideia.

A China também assinalou uma mudança de posição sobre o conflito, classificando os rebeldes como “parceiros do diálogo”.

A televisão líbia disse que “dezenas” de pessoas morreram em Zlitan depois que navios da Otan bombardearam a cidade.

Após quatro meses de revolta e de três meses de bombardeio dos aviões de guerra da Otan, os rebeldes fazem progressos lentos na marcha para a capital Trípoli com o objetivo de depor Gaddafi.

“A necessidade de tentar um cessar-fogo tornou-se mais premente”, disse ao Parlamento da Itália o ministro das Relações Exteriores italiano, Franco Frattini. “Acredito que, assim como o cessar-fogo, que é o primeiro estágio em direção a uma negociação política, uma parada humanitária da ação militar é fundamental para permitir a imediata assistência humanitária.”

O porta-voz do Ministério do Exterior da França, Bernard Valero, reagiu duramente aos comentários de Frattini, que refletem a ansiedade italiana com relação à operação da Otan.

“A coalizão estava em completo acordo há duas semanas na reunião do grupo de contato em Abu Dhabi: nós temos de intensificar a pressão sobre Gaddafi. Qualquer pausa nas operações arriscaria permitir que ele ganhe tempo e se reorganize”, disse Valero a jornalistas.

O primeiro-ministro britânico, David Cameron, tem a mesma opinião da França. “A ação correta no momento é aumentar a pressão sobre Gaddafi”.Em Roma, um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores minimizou os comentários de Frattini, dizendo que essa não era uma proposta específica italiana e que isso havia sido discutido com os outros numa reunião no Cairo em 18 de junho com autoridades da União Europeia, da Organização das Nações Unidas (ONU), africanas e árabes.

“Não há nenhuma proposta italiana específica sobre isso. O que o ministro Frattini disse no Parlamento nesta manhã é que a Itália está interessada em estudar todas as ideias que possam aliviar o sofrimento dos civis”, disse o porta-voz.

Ele afirmou que o cessar-fogo, uma ideia que a ONU tem lançado sem sucesso há algum tempo, poderia se aplicar a Misrata, sob controle dos rebeldes, e à região das montanhas ocidentais.

Ao mesmo tempo, o chefe da União Africana disse em Addis Ababa que o Ocidente mais cedo ou mais tarde teria de aceitar um plano de cessar-fogo da UA, dizendo que os bombardeios aéreos não estavam funcionando.

“(A campanha de bombardeios) era algo que eles achavam que levaria 15 dias”, disse Jean Ping, presidente da Comissão da UA, à Reuters. “O impasse já está aí. Não há outra forma (a não ser o plano da AU). Eles vão (aprová-lo).”

A Organização da Conferência Islâmica, um grupo de 57 países muçulmanos com sede na Arábia Saudita, também disse ter enviado uma delegação à Líbia na quarta-feira para mediar as negociações. Ela iria se encontrar com os rebeldes em Benghazi e com funcionários de Gaddafi em Trípoli, disse um comunicado, sem dar detalhes.

MUDANÇA CHINESA

O debate sobre um cessar-fogo ocorre enquanto os rebeldes líbios, que têm feito um progresso constante obtendo apoio no exterior e isolando Gaddafi no cenário internacional, ganharam o reconhecimento de Pequim como um “parceiro do diálogo”.

“A China vê vocês como um importante parceiro do diálogo”, disse em Pequim o ministro das Relações Exteriores chinês, Yang Jiechi, a Mahmoud Jibril, ao chefe diplomático do Conselho Nacional de Transição rebelde com sede em Benghazi.

Os comentários foram publicados em uma declaração no site do Ministério das Relações Exteriores da China (www.mfa.gov.cn).

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