Os acusados de participação no assassinado do vigia Pedro Eudes de Moura, 61, vão a júri popular na próxima terça-feira, dia 12, às 8 horas. Ezequiel Guimarães de Paula e Ribamar Osório de Paiva são acusados de terem matado o vigia no dia 17 de março de 2010, no bairro Santa Luzia. A audiência será realizada no Fórum de Campo Grande.
O motivo do crime seria o fato de a vítima ‘agir como policial’ no bairro, com denúncias e prisão de ladrões.
“Esperamos apenas que seja feita justiça”, completa Enir de Moura, filha de Pedro que provavelmente será a única da família a encarar de frente os acusados.
Na audiência também estará a mãe, o irmão de Enir e a comunidade do Santa Luzia e região que até hoje considera o caso como cruel, hediondo e premeditado pelos autores.
O caso
O vigia foi morto a tiros, facadas e golpes de barra de ferro. O problema teria ocorrido pelo fato do vigia agir contra os traficantes das ‘bocas de fumo’ na Vila Dedé, conforme informações dos policiais que apuraram o caso. Seu Pedro, como era conhecido no bairro, fazia a vigilância de bicicleta.
Naquela madrugada, ele foi vítima de uma emboscada. Um dos suspeitos derrubou a vítima com um golpe de barra de ferro, aplicado em suas costas. Já no chão, ele foi esfaqueado. Ribamar teria retirado a arma do bolso do vigia e efetuado dois tiros. Seu Pedro ficou caído no local, onde morreu.
Segundo informações da polícia, Ezequiel teria confessado o assassinato do vigia, relatando que desferiu 10 facadas contra Moura.
Ainda conforme a polícia, Ezequiel justificou o crime dizendo que o vigia toda vez que o via chamava à polícia e o acusava de ser ladrão.