Partido de oposição ao atual governo de Luiz Inácio Lula da Silva e consequentemente ao próximo da petista Dilma Rousseff, o PSDB tentará captar nomes da bancada federal de Mato Grosso do Sul eleitos em partidos aliados à petista para uma “oposição pontual”. Dos 11 parlamentares federais do Estado (três senadores e oito deputados federais) apenas Marisa Serrano e os deputados federais Reinaldo Azambuja e Henrique Luiz Mandeta (DEM) foram eleitos por siglas da oposição.

A estratégia captação de ‘dilmistas' foi revelada hoje pela senadora Marisa Serrano. Vice-presidente nacional do PSDB e liderança expressiva da oposição no Congresso Nacional, Marisa conta que a ideia é convencer os ‘dilmistas' da bancada federal de MS a se somar à oposição em questões pontuais. Assim, eles apoiariam o ponto de vista dos oposicionistas apenas nos assuntos em que concordassem.

Um exemplo de possível ‘opositor pontual' é o deputado federal Waldemir Moka que foi eleito senador pelo PMDB. Nas eleições, ele apoiou José Serra (PSDB), mas agora diz que sua conduta quando assumir a vaga no Senado será sintonizada com a bancada de seu partido. O PMDB, como se sabe, é aliado a Dilma e inclusive indicou o vice Michel Temer.

“Talvez possamos contar com o Moka da mesma forma que contamos com o Pedro Simon [PMDB-RS] ou com o Jarbas Vasconcelos [PMDB-PE]”, acredita a senadora referindo-se aos colegas senadores que têm posicionamento independente em relação à cúpula do partido.

O PSDB deve sondar os demais nomes eleitos na base aliada para possível oposição pontual tais como os deputados Marçal Filho, e Fábio Trad, todos do PMDB, e Edson Giroto, do PR.

A bancada federal de MS tem ainda três nomes do PT o senador Delcídio do Amaral, os deputados Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi que devem apoiar o governo de Dilma incondicionalmente.