Por ter provocado acidente dono do veículo foi ‘penalizado’ em cobrir caçamba com uma lona

A professora Zelinda Borro de Oliveira, 46, teve o seu pé esquerdo dilacerado após ser atingida por um tronco de madeira no último dia 06 de julho na avenida Thirson de Almeida, próximo ao Hospital Regional de Campo Grande. O caminhão carregava entulho de árvore.

Zelinda vinha pela avenida no sentido centro-bairro quando o tronco de um metro e 45 centímetros de diâmetro caiu da caçamba e atingiu seu pé esquerdo.

O impacto do tronco com o pé contra o apoio da moto foi que causou a dilaceração do membro.

“Na hora eu ainda quis ir embora, só que quando eu olhei o meu sapato estava aberto e tinha pedaços do meu pé pendurado”, disse a professora.

A professora diz que estava a 60 Km e a 90 metros de distância do caminhão.

Após o acidente o motorista do caminhão recebeu multa por ‘transitar com veículo derramando a carga que transportava’, ele só pode sair do local após colocar uma lona na caçamba.

“No primeiro momento eu assustei, achei que era um pedaço de papelão. Eu tentei desviar só que acabou pegando no meu pé”, diz.

Familiares da vítima contam que presenciaram o caminhão na mesma avenida transportando restos de árvores da mesma forma sem a proteção de lona.

“Minha amiga viu o caminhão no mesmo trajeto, ela estava de moto do mesmo jeito, ela chegou aqui em casa me contando com os olhos estatelados. Isso sem falar que o meu filho também viu o caçamba com entulho também lá Thirson de Almeida”.

A pedagoga que está afastada desde o dia do acidente, já passou por três cirurgias de recuperação e ainda enfrentará pelo menos duas operações. Até hoje ela teve de gastar por volta de R$ 6 mil em consultas e remédios. Caso Zelinda venha a fazer uma cirurgia plástica, ela terá de desembolsar quantia em torno de R$ 8 a R$ 10 mil, pois seu plano de saúde não cobre as despesas.

“Eu que fazia de tudo aqui em casa, agora preciso de ajuda. Eu não posso mais nem cuidar da minha mãe que sofreu um acidente vascular. Meus irmãos a trazem aqui em casa e ela começa a chorar”, disse emocionada a professora.