A vitória por 2 a 1 sobre o Ceará, na noite deste sábado, no Morumbi, era o que a torcida do São Paulo precisava para reacender a esperança. O time paulista entrou em campo modificado e com mais ofensividade, mostrando que pode mudar a história desfavorável na próxima quinta-feira. Afinal, o que a massa quer mesmo é ver a equipe vencer o Internacional por dois gols de diferença pelo segundo jogo das semifinais da Libertadores, em casa, e chegar à final da competição continental. Como uma espécie de ensaio, o anfitrião pressionou o visitante e viu um Ricardo Oliveira ainda fora do ideal fisicamente, ma sedento por gols. Tanto que fez o dele, assim como Fernandão.

Com o resultado, o Tricolor conseguiu a primeira vitória pós-Copa, chegou a 15 pontos e se afastou um pouco mais da zona de rebaixamento, com a 11ª posição, mas ainda pode cair na tabela. O visitante permaneceu em terceiro no G-4, com 20 pontos. Na próxima rodada do nacional, o Vozão recebe o Atlético-GO no Castelão, domingo que vem, e o São Paulo encara o Atlético-PR no mesmo dia, na Arena da Baixada. Mas antes encara o Inter e define o próprio rumo para o segundo semestre. Se for eliminado, passa a se preocupar somente em se afastar do rebaixamento no Brasileiro, além de possivelmente sofrer mudança de técnico. Se passar pelo Colorado, concentra todas as forças no título e no passaporte para o Mundial de Clubes, em dezembro.

Antes mesmo do início da partida, a torcida mostrou que não está nada contente com o futebol apresentado pelo time paulista desde o fim da Copa do Mundo. Duas organizadas fizeram um protesto na frente do portão 1 do Morumbi, exigindo atitude da diretoria e dos jogadores, e com faixas com frases como “Libertadores é obrigação”. Rogério Ceni foi o único poupado das críticas. Já dentro do estádio, Ricardo Gomes foi vaiado quando seu nome apareceu no placar eletrônico após o anúncio das escalações. Mas ao fim do jogo, a história foi outra. Ceni abraçou todos os jogadores e levou o elenco para agradecer o apoio da torcida, que aplaudiu e incentivou. Aos gritos de “eu acredito”, o São Paulo voltou para o vestiário vitorioso.