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Sonho do asfalto ‘atola’ e dificulta acesso a Paranhos

Pavimentação da MS-295 começou em maio de 2008 e menos da metade está pronta; a cada chuva a terraplanagem vira atoleiro e para trânsito
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Pavimentação da MS-295 começou em maio de 2008 e menos da metade está pronta; a cada chuva a terraplanagem vira atoleiro e para trânsito

Há 30 anos os moradores de Paranhos sonham com a pavimentação da MS-295, trecho de 60 quilômetros que liga a cidade com a rodovia Guairá-Porã. Há pouco menos de dois anos o sonho começou a ganhar contornos de realidade, a obra foi lançada. Antes, porém, Paranhos vive o pesadelo do isolamento a cada chuva que cai, e tem chovido quase todos os dias na região, atrasando a conclusão da obra e tornando cara a concretização do antigo sonho.

As autoridades se apressam em explicar que se há uma culpada pela situação, é a chuva. E com certeza o consórcio que venceu a licitação, o Fidens/ARG, de Minas Gerais, não contava com o mau tempo. Tanto que foi feita a elevação do leito de toda a rodovia, para em seguida aplicar a camada de pavimento. Aí começou a chover e não parou mais, a terra fofa se transforma em atoleiro e o trânsito até de veículos pesados fica impossível.

“Choveu interdita, não tem como passar”, diz o gerente da Expresso Queiroz Antônio Carlos Meneguetti. “Já várias vezes o ônibus ficou atolado. Quando chove, nem vem, nem vai”, relata. A Expresso Queiroz faz a linha entre e Paranhos. Há mais de um ano a linha opera no vermelho, reclama o gerente. Por precaução a empresa não vende mais passagens com antecedência. Só se o dia amanhecer com tempo firme.

Metade Dos 58 quilômetros da rodovia MS-295, estão pavimentados cerca de 25 quilômetros. O resto do trajeto se faz pela terraplanagem, uma camada de terra fofa onde se atola com facilidade quando chove. Em poucos trechos foram construídos desvios. Essa é a única ponderação que o presidente da Câmara de Vereadores, Aldinar Ramos Dias (PMDB), faz sobre o andamento da obra.

“[a empreiteira] Tinha que dar condições de tráfego, deveria dar atenção maior. Mas temos que levar em consideração que o tempo não ajuda”, diz o vereador. No momento em que ele falava com o Midiamax, pelo telefone, no início da tarde desta segunda-feira, chovia forte em Paranhos. Já não era possível transitar pela MS-295.

A Prefeitura também lamenta a situação, mas hipoteca confiança na empreiteira de que a obra fica pronta tão logo o tempo melhore. “O acesso é dificílimo, não foi dizer que não é. Mas nós ficamos 30 anos esperando esse asfalto, agora temos que ter um pouquinho de calma”, diz o chefe de Gabinete da Prefeitura, Antônio Pereira Dantas.

Mais longe

Antes de encurtar a distância e facilitar o acesso à cidade, o tão sonhado asfalto está é trazendo mais dificuldades e deixando Paranhos ainda mais longe. Com a MS-295 interditada dia sim, dia não, a alternativa para sair da cidade é a ligação com Sete Quedas, mais ao Sul. São 67 quilômetros de estrada de chão, depois mais 24 quilômetros pelo asfalto até , para só então sair na rodovia Guairá-Porã, ainda assim 18 quilômetros abaixo do entroncamento com a MS-295. É o dobro da distância até Amambai.

O Midiamax tentou contato com a Fidens, empreiteira que está tocando a obra, mas ninguém quis falar a respeito no escritório instalado em Tacuru. A ordem foi procurar a Agesul (Agência Estadual de Empreendimentos), ligada à Secretaria de Obras.

(Matéria alterada às 16h09 para acréscimo de informações)

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