O Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Carnes e Derivados acusa o JBS/Bertin de pressionar os funcionários que fariam uma paralisação por melhorias nas condições de trabalho na próxima segunda-feira (13). Como resultado dessa pressão, 180 trabalhadores da unidade de Campo Grande teriam sido demitidos hoje (10).

O vice-presidente da entidade, Vilson Gimenes, explica que o frigorífico não cumpriu o acordo coletivo firmado em abril deste ano e que previa o fim da jornada aos sábados, a concessão de planos de saúde e a inclusão no programa de participação nos lucros. A empresa teria 90 dias para regularizar a situação.

Em assembléia no dia 24 de agosto, os trabalhadores optaram pela paralisação programada. As partes também haviam agendado uma audiência para segunda-feira.

Gimenes afirma que representantes do frigorífico ameaçaram com demissão os funcionários que aderissem à paralisação. “Se tiver greve, mais gente será demitida”, relatou o vice-presidente. Atualmente trabalham no JBS/Bertin de Campo Grande cerca de 2 mil funcionários.

Na próxima semana, os líderes sindicais devem reunir os trabalhadores para definir novas audiências e também a postura em relação à empresa. Gimenes prometeu que o sindicato irá acionar a justiça trabalhista para atuar no caso.