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Sem acórdão publicado, MPE não contesta liberdade de jornalista

O recurso judicial definido pelo Tribunal de Justiça em 8 de fevereiro, 15 dias atrás, que libertou o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60, acusado de matar a tiro uma criança de dois anos em novembro passado, após um briga de trânsito em Campo Grande, ainda não foi publicado no Diário da Justiça. E, sem o […]
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O recurso judicial definido pelo Tribunal de Justiça em 8 de fevereiro, 15 dias atrás, que libertou o jornalista Agnaldo Ferreira Gonçalves, 60, acusado de matar a tiro uma criança de dois anos em novembro passado, após um briga de trânsito em , ainda não foi publicado no Diário da Justiça. E, sem o conhecido acórdão escrito, instrumento que documenta a decisão que permitiu a soltura do réu, o MPE (Ministério Público Estadual) ou alguém interessado na questão não tem como recorrer, isto é, contestar a liberdade do jornalista.

De acordo com a assessoria de imprensa do TJ, o acórdão deve ser publicado nos próximos dias e que a Corte obedece ao prazo fixado por regra. A partir do publicado, é que o MPE pode protestar a decisão ou não.

Contrários a liberdade do jornalista, parentes de Rogério Mendonça, a criança morta pelo tiro disparado por Agnaldo Gonçalves, comandam um manifesto amanhã à tarde, na Praça Ari Coelho, em Campo Grande. O mote do protesto é justamente a decisão do TJ.

“É um ato contra a impunidade. Desde que a Justiça mandou soltar ele [jornalista] surgiu em nós à sensação da impunidade, do medo. Antes, quando ele estava preso, estávamos um pouco aliviados com a impressão de que a Justiça estava sendo feita. Agora, o nosso mundo desabou”, disse Ariane, 22, a mãe de Rogerinho, semana passada, ao divulgar a intenção do ato..

Para Ariane, a medida judicial que deu liberdade ao jornalista “é o mesmo que apostar na violência gerada pela impunidade”. Ela cre que mais tragédias semelhantes à ocorrida com o filho dela possam ocorrer daqui para frente. “Meu filho morreu pela impaciência, pela intolerância”, disse.

O caso

A tragédia que provocou a morte de Rogerinho ocorreu por volta do meio-dia do dia 18 de novembro, no cruzamento da Avenida Mato Grosso com a rua Rui Barbosa, a uma quadra do hospital Santa Casa, no centro da cidade.

Cerca de cinco quarteirões antes, o jornalista Agnaldo Ferreira havia discutido com o tio da criança, que dirigia a caminhonete. Os dois seguiram com os insultos até o semáforo da Rui Barbosa, quando o jornalista sacou uma pistola e disparou vezes contra o veículo que carregava a criança.

O menino, que sentava no banco detrás ao lado da irmã de cinco anos de idade, foi atingido perto da cabeça. O avô dele, que ia no banco da frente, levou um tiro no rosto, mas sobreviveu. Rogerinho ainda foi levado para o hospital, mas não resistiu ao ferimento e morreu umas quatro horas depois. O jornalista saiu dali e, mais tarde, procurou uma delegacia, onde ficou preso. No dia 8 deste mês, por determinação do Tribunal de Justiça, ele foi posto em liberdade.

 

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