Os deputados estaduais Onevan de Matos e Ary Rigo mantêm a tese de que foram forçados pelo deputado federal Dagoberto Nogueira a sair do PDT. Eles são alvo de ação do partido que pede seus mandatos, com base na regra da fidelidade partidária. Rigo e Onevan saíram do PDT em outubro do ano passado, após a direção nacional decretar intervenção no comando estadual da legenda.

A intervenção ocorreu, segundo os deputados, porque Dagoberto Nogueira queria sacramentar sua pré-candidatura a senador em aliança com o PT, e a direção regional do partido pretendia deixar as definições para mais tarde. Dagoberto afirma que a intervenção foi necessária porque a direção anterior, nas mãos de Ary Rigo, já havia negociado apoio à reeleição do governador André Puccinelli, contrariando direcionamento da cúpula nacional de priorizar alianças com o PT.

Hoje acontece os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação, no plenário do TRE (Tribunal Regional Eleitoral). O primeiro a depor foi o deputado federal Dagoberto Nogueira. Ele não falou com a imprensa ao chegar ao tribunal e após findar seu depoimento, está em reunião com o presidente da Assembleia, Jerson Domingos, o deputado estadual Youssif Domingos (ambos do PMDB) e o vereador Loester Nunes (PDT), em uma sala do TRE.

Também está depondo Natalino José Gonzaga, arrolado como testemunha pelo PDT. Onevan e Rigo acompanham os depoimentos, assim como o deputado José Ivan de Almeida, que também era do PDT, mas como foi eleito por outro partido, o PSB, não está sendo processado. Onevan e Rigo foram para o PSDB e José Ivan, para o PTdoB.