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Reunião entre funcionários e empresas aéreas termina sem acordo

Terminou sem acordo a reunião realizada entre representantes dos funcionários das empresas aéreas, dos patrões e do Ministério Público do Trabalho (MPT) realizada na tarde desta terça-feira (21), em Brasília. Segundo representantes dos aeronautas, a categoria entrará em greve no dia 23. Marcelo Schimidt, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), falou que have...
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Terminou sem acordo a reunião realizada entre representantes dos funcionários das empresas aéreas, dos patrões e do Ministério Público do Trabalho (MPT) realizada na tarde desta terça-feira (21), em . Segundo representantes dos aeronautas, a categoria entrará em greve no dia 23. Marcelo Schimidt, vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários (SNA), falou que haverá uma assembleia às 5h do dia 23.

De acordo com os representantes, as empresas oferecem reajuste de 6% e os trabalhadores querem aumento de 13% para aeroviários e de 15% para aeronautas. A reunião foi realizada no MPT das 14h às 17h30. Participaram o procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes; o representante das empresas aeroviárias, Odilon Junqueira; o vice-presidente do Sindicato Nacional dos Aeroviários, Marcelo Schimidt; e o presidente da Federação Nacional de Transportes Aéreos, Uébio Silva.

Em coletiva após a reunião, os representantes sindicais classificaram a proposta das empresas aéreas como “provocação”. “Essa proposta é uma provocação. Não deve nem ser considerada”, disse Schimidt. “Se pressionar mais o outro lado [as empresas] tende a negociar melhor”, completou.

Enquanto os trabalhadores reafirmam a convocação da paralisação, as empresas garantem que não haverá greve no dia 23. “Nós achamos que não podemos deixar a sociedade refém de uma situação dessas (…). Não há o menor cabimento de se fazer uma greve no dia 23”, afirmou o representante das empresas aeroviárias na reunião, Odilon Junqueira. Segundo ele, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) continua aberto para negociação.

Os aeroviários e aeronautas divergem sobre a garantia de que os passageiros chegarão a seus destinos. O SNEA afirmou que “vai procurar que todo mundo chegue em seu destino” e pediu que os passageiros tenham “paciência”, pois os trabalhadores da aviação estão em “seu limite”.

30% dos voos

O SNA respondeu que o brasileiro chegará no local de destino no horário apenas “depois que acabar a greve”. Segundo a categoria, durante a greve, 30 % dos voos serão atendidos.

O presidente do Sindicato Nacional dos Aeronautas, Gelson Dagmar Fochesato, disse que gostaria de combinar com as empresas aéreas quais voos sairiam e quais voos não serão realizados, para que a população seja informada da situação. “Lamentavelmente, os que não saírem, as pessoas vão ter problemas”, afirmou.

“A responsabilidade [pela greve] é das empresas aéreas que receberam nossa pauta desde setembro e só vieram analisá-la agora. Nós estamos apostando nessa greve e estamos prontos para ela”, disse Schimidt.

Questionado sobre a alegação de não conseguirem suportar financeiramente a reivindicação da categoria, Junqueira respondeu que as negociações são muito complexas. “São duas categorias diferenciadas, com regulamentações próprias. Então, as empresas hoje fizeram um esforço que é aquele que nos parece mais adequado para a circunstância atual.”

O procurador-geral do Trabalho, Otávio Brito Lopes, que conduziu a reunião, disse que acredita na evolução da negociação entre as empresas e os trabalhadores. “Hoje as partes demonstraram uma boa vontade, mas as propostas estão um pouco distanciadas neste momento.”

Reivindicações

Os trabalhadores do setor aéreo dividem-se em duas categorias: aeroviários e aeronautas. Aeroviários são todos os funcionários que ficam em terra, como os que fazem check-in e cuidam do raio X; já a categoria dos aeronautas é formada pela tripulação, ou seja, piloto, copiloto e comissários de voo.

Os aeronautas pedem reajuste salarial de 15%; a definição de três pisos salariais, sendo um para comissários (R$ 2 mil), outro para mecânicos de vôo (R$ 3 mil) e um terceiro para pilotos (R$ 4 mil); reajuste nas diárias de alimentação; reajuste do seguro por morte e invalidez de R$ 9.159,00 para R$ 20 mil; entre outras reivindicações. Já os aeroviários lutam por um reajuste salarial de 13%.

Em nota, o Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) declarou que as duas categorias já receberam este ano reajuste salarial de 6,08%, referente à inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor). “Esse reajuste já está sendo pago às duas categorias, no 13º e no salário de dezembro.” Ainda de acordo com o representante das empresas, a indústria de transporte aéreo concedeu, nos últimos cinco anos, 6% de ganho real (33,8% de reajuste para uma inflação de 26,7%).

Para o SNEA, aceitar a reivindicação de reajustes de 15% e 13% para os aeronautas e aeroviários, respectivamente, poderia colocar em risco o emprego de milhares de profissionais.

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