Em visita à sede do Portal Midiamax nesta manhã, o deputado federal Geraldo Resende, do PMDB, defendeu que seja reproduzida nas eleições extraordinárias de Dourados a serem realizadas até o mês de março de 2011, a aliança partidária que dá sustentação ao governo federal.
Para ele que é um pretenso candidato a prefeito, uma composição afinada com o Palácio do Planalto pode ser benéfica para o município, especialmente, no que diz respeito à canalização de recursos da União.
Resende revelou já ter procurado o presidente municipal do PT, Tenente Pedro, para tratar de uma possível composição no município. O próximo passo é buscar diálogo com a advogada Tatiana Ujacov, do PV, que concorreu ao cargo de vice-governadora na chapa de Zeca do PT nas eleições deste ano.
O PT ainda não definiu sua participação nas eleições extraordinárias. Há uma corrente que defende candidatura própria. Outro grupo prefere uma composição com o PV tendo Tatiana na cabeça da chapa. O assunto será tema de reunião nesta semana.
“Mas, eu não quero influenciar de modo algum qualquer dos partidos. Não vou usar de artifícios e nem de golpismo. Vou respeitar a decisão do PV e do PT”, afirmou Resende.
PMDB fará pesquisa
Em Dourados, o PMDB decidiu que fará pesquisas internas para escolher o candidato do partido nas eleições extraordinárias. O próprio Resende apoiou a decisão da sigla. Os interessados em ter seu nome colocado na consulta devem se inscrever até 15 de dezembro.
Além de Resende, há outros peemedebistas cotados para concorrer à prefeitura tais como a atual prefeita interina da cidade Délia Razuk e o deputado federal Marçal Filho.
Para Resende, a prefeitura de Dourados é um sonho antigo. Ele relembra que já abdicou da pretensão de ser prefeito do município ao menos duas vezes. A primeira foi em favor da ex-deputada estadual Bela Barros, nas eleições de 2004, quando o PMDB compôs com ela.
A segunda vez foi em 2008. Na ocasião, o PMDB apoiou o vice-governador Murilo Zauith (DEM), indicando a vice, que inclusive, foi Bela Barros. “Agora, acho que chegou a minha vez de participar deste processo. Penso, inclusive, que é o momento do DEM ser recíproco ao PMDB que o ajudou na eleição passada”, opina.
Apesar do apoio do PMDB e do governador André Puccinelli, Murilo terminou as eleições em segundo lugar perdendo as eleições para Ari Artuzi, na ocasião filiado ao PDT. Agora, com a renúncia de Artuzi que esteve preso acusado de comandar esquema de fraudes em licitações e distribuição de propinas, os democratas avaliam que estão diante de uma nova chance de comandar a prefeitura de Dourados.
Contudo, se não for possível a composição com Murilo Zauith, Resende afirma que valerá o respeito que ele tem pelo democrata. “Vamos agir sempre respeitando todas as forças políticas. Na verdade, quanto mais candidatos houver é melhor para a população. Haverá mais opções para os eleitores”, analisa.
Reconstrução administrativa e moral
O candidato escolhido nas eleições extraordinárias terá pela frente o que está sendo popularmente chamado de “mandato tampão” uma vez que durará apenas até 2012 quando haverá eleições municipais regulares.
Mesmo assim, Resende acha que o tempo curto teve ser aproveitado para o que ele chama de “reconstrução municipal” do ponto de vista administrativo e moral. Resende propõe, por exemplo, que qualquer que seja o candidato do PMDB se comprometa a enxugar a máquina pública, como forma de economizar dinheiro. Ele aponta para a possibilidade de deixar 30% dos cargos comissionados em preenchimento.