O rastro de destruição após a chuva de ontem à noite, concentra no Centro de Campo Grande, é visto nos pontos que sofreram alagamento. Embora a água não tenha desaparecido, a reportagem registrou cenas que traduzem o problema de alagamento perto do shopping Campo Grande, área nobre, cercada por prédios luxuosos e com um sistema de drenagem incompatível.
Quem passou pela Avenida Afonso Pena na noite de ontem, por volta das 21 horas, se deparou com a cena de alagamento no trecho de pelos menos 300 metros que engloba o condomínio de luxo Solar do Lago, passa pelo escritório de apartamento decorados da Plaenge, posto de combustível, drogaria São Bento e vai até a Via Parque.
Na Via Parque, o veículo Celta, de cor preta, placas HRS-3810, foi um dos carros que tiveram que ser deixados no meio do alagamento e o proprietário não foram buscá-lo até o momento que a reportagem esteve no local – ao meio-dia. No veículo, a vegetação arrastada ela água da chuva foi parar no pára-choque.
O córrego prosa, no trecho não canalizado, que fica na Via Parque, quase em frente ao shopping Campo Grande, o mato entope as duas tubulações e a terra trazida pela enxurrada resulta em assoreamento.
Na Avenida Afonso Pena, a faxina tomou conta dos dois comércios nos dois lados da pista: na concessionária de veículos, drogaria São Bento e Central de Apartamentos Decorados Plaenge. A lama está sendo retirada.
Em 2007, foi assinada uma ordem de serviço para as obras de contenção de enchentes na Capital. Ao menos R$ 40 milhões foi o volume de dinheiro que seria gasto. Na região do shopping, foi feita obra de drenagem voltada para o córrego Prosa. Mesmo após os investimentos, os problemas repetiram-se ontem em Campo Grande.