O colégio de presidentes dos Tribunais Regionais Eleitorais divulgou nesta sexta-feira (20) carta na qual repudia o atentado contra o desembargador Luiz Mendonça, presidente do TRE de Sergipe. Os magistrados também pedem a ajuda de forças “militares e paramilitares” para garantir a segurança dos juízes envolvidos no processo eleitoral.

“Diante desse excesso calamitoso, pugnam os presidentes dos egrégios Tribunais Regionais Eleitorais que as forças militares e paramilitares se unam, no fim de resguardar a ordem no pleito e a integridade física daqueles que participam, direta e indiretamente, do processo eleitoral”, diz o texto, aprovado hoje, em Brasília, durante o 50º Encontro do Colégio de Presidentes dos TREs.

O atentado, na avaliação dos presidentes regionais, “reflete o extremo estado de violência que assola a nação brasileira, expondo a riscos a ordem que a sociedade espera quando da realização da maior festa da democracia, que é o pleito eleitoral” e coloca em risco a normalidade das eleições.

O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Ricardo Levandowski, participou do encontro pela manhã e comparou o atentado contra o presidente do TRE-SE ao ataque das torres gêmeas, nos Estados Unidos, em 11 de setembro de 2001.

– Este atentado corresponde, do ponto de vista simbólico para os magistrados, como o 11 de Setembro para o mundo. É o momento de repensar a segurança da Justiça brasileira.

Atentado

O atentado contra o carro presidente do TRE-SE, Luiz Araújo Mendonça, aconteceu na manhã desta quarta-feira (18) na avenida Beira Mar, nas proximidades da ponte que dá acesso ao bairro Coroa do Meio, em Aracaju. Os tiros que atingiram o carro do presidente do TRE foram de pistola e espingarda calibre 12.

Luiz Mendonça é sergipano do município de Itabaiana. O desembargador começou a carreira como promotor de Justiça, foi procurador de Justiça, membro do Conselho Estadual dos Direitos e Proteção do Idoso e do Conselho Estadual de Assistência Social. Mendonça também exerceu o cargo de Secretário de Estado da Segurança Pública por duas vezes. Ele foi presidente do Consene (Conselho de Segurança Pública do Nordeste). Desde 15 de junho de 2005, foi nomeado para exercer o cargo de desembargador do Tribunal de Justiça de Sergipe.