Sobre o asfalto da avenida na saída para Corumbá, que precisou ser consertado antes mesmo da inauguração, Nelsinho se limitou a dizer que não aceitará “serviço malfeito”.

Com relação às obras enroladas que tornam grandes vias de Campo Grande verdadeiros canteiros de construção, o prefeito Nelson Trad Filho voltou a afirmar que está confiante nos prazos, já dilatados a ponto de causar descrédito. Sobre o asfalto da avenida na saída para Corumbá, que apresentou defeito antes mesmo da inauguração, ele garantiu que não aceitará “serviço malfeito”.

Em relação às obras da Via Morena que na semana passada apresentava buracos, rachaduras, e dezenas de tapa-buracos também já danificados, Nelsinho afirmou que a responsabilidade é da empreiteira, no caso a Equipe Engenharia.

“A responsabilidade de uma obra quando é feita pela empreiteira é dela. Com a fiscalização da prefeitura como sempre teve, não vamos receber serviços malfeitos”, disse. Allan Nunes Ferreira, engenheiro residente da Equipe Engenharia, que toca a obra, disse que o problema na Via Morena foi “oxidação no asfalto”, por conta da interdição no trecho. “O fluxo do trânsito vai selando o asfalto, sem a passagem dos carros o asfalto pode oxidar”, assegura.

Em relação a essa etapa da obra, o engenheiro informou que a empresa já recebeu R$ 6 milhões da prefeitura. Ferreira também disse que dependendo da intensidade das chuvas os trabalhos podem ser prejudicados.

Mesmo assim, sobre o andamento das obras na avenida Ceará, Ernesto Geisel e Via Morena, Nelsinho diz que segue seguro com relação aos prazos. A situação da cratera na avenida Ceará, segundo o prefeito, deve estar resolvida até o mês de dezembro.

No início do mês, no local, estava sendo feito o término da parede da galeria de 168 metros de comprimento com 4 metros de profundidade por 8 de largura. Além das paredes, a galeria da avenida Ceará está “praticamente pronta”, segundo o engenheiro Carlos Fuginaka.

Após o término das galerias e das três alças que darão acesso da Ricardo Brandão para Ceará e vice-versa, serão necessários, aproximadamente 500 caminhões de terra para a terraplanagem do local que já começou.

A obra custou até agora R$ 20 milhões de reais liberados pelo Ministério da Integração.

“Ernesto Geisel: Norte-Sul enrolada”

Na avenida Ernesto Geisel, Trad reafirmou que a previsão de término continua para o final de 2011. Lá as chuvas do início do ano causaram erosões nas margens do córrego e as obras fizeram aniversário. Enrolados, os trabalhos prejudicam o trânsito nas principais vias da Capital e a precariedade da sinalização espanta população e especialistas.

Segundo o secretário de municipal de obras Antônio de Marco, as obras da Ernesto geisel dragam dos cofres públicos aproximadamente R$ 8 milhões.

O professor de arquitetura e urbanista Ângelo Arruda se espanta com a forma como as obras são tocadas. “Nas obras de retificação da canalização do córrego Prosa para melhorar a drenagem e acabar com as enchentes, nunca vi nessa cidade uma obra pública tão largada. Os operários trabalham na beira da avenida, não há sinalização suficiente – placas, homens orientando, etc; máquinas pesadas trabalham na linha do limite do perigo, torcendo para não cair no córrego”, reclamou em artigo.