A Polícia Federal prendeu na terça-feira em Ribeirão Preto (a 313 km de São Paulo) 15 acusados de serem donos de bingos clandestinos. Durante a ação, batizada de Operação Cassino, também foram apreendidos equipamentos em 30 casas de jogos.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Edson Geraldo de Souza, os envolvidos são empresários de Ribeirão. “São pessoas bem relacionadas e que acumulam grande patrimônio. Pelo que foi levantado, a atividade rendia até R$ 22 mil em um ou dois dias de funcionamento.”
Os nomes dos presos não foram divulgados. A polícia tinha 19 mandados de prisão a cumprir, mas quatro pessoas não tinham sido encontradas até o fim da tarde de ontem. Os que foram localizados, 14 homens e uma mulher, tiveram a prisão temporária decretada.
Os acusados responderão por três crimes: contrabando, formação de quadrilha e exploração de jogos de azar. A polícia também quer responsabilizar os donos dos imóveis que abrigavam os bingos clandestinos.
“Temos dez imóveis numa lista que, periodicamente, alugavam para essa finalidade”, disse o delegado. Segundo ele, os donos dos imóveis sabiam que os locais eram usados para jogos. “Os contratos eram sempre temporários, por dois ou três meses, e os pagamentos adiantados”, afirmou.
Entre as casas, está um imóvel no Jardim Canadá, região nobre, que já funcionou como bingo quatro vezes. Também estavam em funcionamento bingos no centro, Boulevard e Campos Elíseos. A polícia apreendeu cerca de 80 computadores que tinham programas de jogos, além de dinheiro –o valor não foi revelado.
