A Polícia Federal investiga a suspeita de que o filho mais velho do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), tenha simulado uma operação de comércio exterior para remeter ilegalmente recursos para fora do país, informa reportagem publicada nesta sexta-feira pela Folha.

Segundo a reportagem, a PF e o Ministério Público Federal, num desdobramento da Operação Faktor (ex-Boi Barrica), rastrearam contas do empresário Fernando Sarney em diversos cantos do mundo e se depararam com a chamada ‘conexão chinesa’, empregada por doleiros.

O esquema consiste na utilização de empresas fantasmas registradas em nome de laranjas para simular transações de compra e venda com a China, dando aspecto de legalidade a operações de evasão de divisas.

Outro lado

Fernando Sarney não respondeu ao pedido para que comentasse a suspeita da PF. Procurado, seu advogado, Eduardo Ferrão, não ligou de volta.

O empresário tem se recusado a falar sobre assuntos que envolvam a Operação Faktor, por considerar que é uma investigação sigilosa e que seu vazamento é “criminoso”.

O presidente do Senado tem dito que o assunto não lhe diz respeito e que cabe a seu filho e ao advogado dele comentarem o assunto.