Na avaliação dos deputados do PSDB, a campanha eleitoral não conseguiu provar o potencial do presidenciável do partido, José Serra. Na última pesquisa de intenção de votos divulgada pela imprensa nacional, a principal adversária de Serra na corrida presidencial, Dilma Rousseff, do PT, teria aberto 30 pontos de vantagem sobre o tucano. O levantamento tracking Vox Populi/Band/iG aponta que a ex-ministra da Casa Civil segue com 53% das intenções de voto. Já o tucano soma 23%.

“Acho que faltou substância na campanha. Faltou provar o potencial de José Serra”, definiu a deputada estadual Dione Hashioka. O mesmo pensa o também deputado Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB. “Acho que tinha que ter mostrado mais questões práticas, como por exemplo, salário mínimo e questões que atingem diretamente a população”, define.

O próprio Azambuja mencionou ter proposto mudanças no programa eleitoral, mas os marqueteiros não aceitaram. O tucano demonstra não acreditar mais em mudanças a esta altura da campanha.

Dione desconfia ainda que o pouco empenho de aliados possa ter comprometido o desempenho de Serra na campanha. Azambuja garante que em MS, as lideranças políticas têm se empenhado, embora nesta fase, estejam mais voltadas para a própria eleição. “Mas, eu continuo me dividindo. Se, numa reunião falo 10 minutos, em cinco peço votos para mim e nos outros cinco para Serra”, assegura.

Serra não grava mais na fronteira

O PSDB local não perdeu as esperanças de trazer Serra nesta reta final da campanha em Mato Grosso do Sul. Azambuja disse que ainda acredita na vinda do candidato durante a campanha, mas precisa conciliar a agenda.

Porém, Serra não deve mais fazer gravações na fronteira com o Paraguai como vinha ensaiando desde o início da campanha. O tucano chegou a desmarcar três agendas no Estado em razão de outros compromissos. A última vez foi no dia 9 de setembro, quando o tucano participaria de comício em Iguatemi, mas cancelou porque estava em Guaíra (PR) e não conseguiria chegar a tempo.