Para Dilma, crise mostrou papel dos bancos públicos no sistema financeiro

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta terça-feira, 2, a expansão do crédito pelos bancos públicos no combate à crise e, mais uma vez, comparou as medidas anticíclicas adotadas nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. “A crise mostrou a importância dos bancos públicos para o sistema financeiro nacional”, […]

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, defendeu nesta terça-feira, 2, a expansão do crédito pelos bancos públicos no combate à crise e, mais uma vez, comparou as medidas anticíclicas adotadas nos governos Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. “A crise mostrou a importância dos bancos públicos para o sistema financeiro nacional”, disse à tarde, em São Paulo, para uma plateia de administradores do Banco do Brasil, empresários e políticos.

Sem improvisar e seguindo o roteiro de um discurso preparado, a ministra e pré-candidata à Presidência da República fez um histórico comparativo entre as crises dos anos 1990 e 2000. Para ela, os bancos públicos tiveram papel central na recuperação econômica após os meses mais agudos da crise. “Nos anos 1990, as palavras banco e crédito tornaram-se sinônimo de crise. Hoje, no Brasil, ocorre o contrário. O sistema financeiro público transformou-se em polo gerador de confiança e estabilidade e de expansão do consumo e da produção graças ao avanço do crédito. As políticas do nosso governo são profundamente distintas do arsenal usado nos anos 1990”, afirmou.

Segundo números apresentados pela ministra, o BB expandiu o crédito em 34% em 2009, enquanto Caixa e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) multiplicaram por quatro seus desembolsos desde 2004. Apesar disso, lembrou, não houve explosão da inadimplência. Segundo ela, expansão do crédito e baixa inadimplência (3,3% no BB, ante 5,6% na média do mercado em 2009) foram os fatores responsáveis pelo lucro recorde do BB, de cerca de R$ 10 bilhões no ano passado. “É o mérito de ter preservado o banco de todas as tentativas de diminuí-lo”, disse.

Junto com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a pré-candidata participou de uma agenda extensa hoje em São Paulo que incluiu uma visita a Sorocaba para a inauguração de uma unidade industrial da Case New Holland (CNH), um almoço com empresários da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o encontro de administradores do Banco do Brasil.

Conteúdos relacionados