A estudante de Direito Patrícia Ribeiro Alves dos Santos fez um manifesto nesta manhã, na Assembleia Legislativa, pela condenação de um rapaz que matou a tiro o filho dela, de dois anos e 11 meses de idade, em abril do ano passado, numa rua do conjunto Moreninhas. O atirador será julgando neste mês.

O garotinho Miguel Xavier caminhava com a mãe quando foi atingido por um tiro disparado por Felipe Nunes de Carvalho. O alvo de Felipe, que ocupava a garupa de uma motocicleta, seria um desafeto seu que atravessava a rua. Ele errou o tiro e acertou o menino, que morreu nos braços da mãe.

Patrícia disse que desde o crime, ela e os dois filhos pequenos enfrentam problemas de saúde, como a depressão. A estudante estava junto do marido no manifesto, o mototaxista Mauro César Xavier, que também viu o filho morrer baleado.

A acadêmica de Direito disse que o atirador, que está detido, tenta escapar da condenação ao indicar um outro rapaz, de nome César, como o autor de disparo.

Ela contesta a estratégia. Patrícia disse ter visto no dia do crime o piloto e o passageiro da motocicleta. “Eles eram brancos, de 1,70 metro cada. Já esse César que está citando é moreno e mais baixo. Queremos justiça, se ele [réu] for inocentado, pode fazer mais vítimas, como o meu filho”, disse a mãe.

O piloto da motocicleta, Wesley Fabiano de Souza, foi preso, mas já está solto e deve ser julgado numa outra data.