Paes anuncia remoção de oito favelas no Rio
Moradores de oito comunidades em áreas de risco serão removidos imediatamente, anunciou neste domingo, 11, o prefeito Eduardo Paes (PMDB). As demolições das casas começaram pelo Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte, onde segundo o prefeito em seu microblog (Twitter) a “sorte” impediu que os estragos da chuva atingissem a comunidade. No Morro […]
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Moradores de oito comunidades em áreas de risco serão removidos imediatamente, anunciou neste domingo, 11, o prefeito Eduardo Paes (PMDB).
As demolições das casas começaram pelo Morro do Urubu, em Pilares, na zona norte, onde segundo o prefeito em seu microblog (Twitter) a “sorte” impediu que os estragos da chuva atingissem a comunidade.
No Morro do Bumba, em Niterói, na região metropolitana, onde cerca de 50 casas foram soterradas, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) anunciou a utilização de R$ 1 bilhão para a remoção de casas situadas em áreas de “altíssimo risco”.
A Defesa Civil computava no domingo 229 mortes no Estado, sendo 146 em Niterói, sendo 36 no morro do Bumba, e 63 na capital.
No total, cerca de 3.600 famílias serão retiradas de suas casas. Além do Urubu, serão removidas construções na favela São João Batista, em Botafogo; Cantinho do Céu e Pantanal, no Morro do Turano, na Tijuca; Laboriaux, na Rocinha; Parque Colúmbia, em Acari e Morro dos Prazeres – onde pelo menos 30 pessoas morreram em decorrência de deslizamentos – e Fogueteiro, ambos em Santa Teresa, no Centro.
Para reassentar as famílias, a prefeitura destinará o terreno do antigo Complexo Penitenciário da Frei Caneca, no Centro, que foi implodido no último mês e um terreno comprado da Light, em Triagem, na zona norte.
As casas serão construídas pelo programa do governo federal Minha Casa Minha Vida. “Na medida do possível, estamos oferecendo alternativas para que as pessoas continuem morando em áreas próximas às suas comunidades”, disse o prefeito.
Os moradores das favelas Cantinho do Céu e Pantanal, na Tijuca, serão indenizados para comprar outros imóveis, em áreas autorizadas pela prefeitura, no programa chamado Aquisição Assistida. Já os moradores da São João Batista, receberão indenização em dinheiro, pelo valor do imóvel, acrescido de 40%.
Enquanto isso, os moradores removidos serão incluídos no programa Aluguel Social e receberão R$ 400 para locação de imóvel em área que não seja de risco. O valor do aluguel foi aumentado em R$ 150.
As oito comunidades que terão casas removidas não fazem parte da lista de 130 favelas consideradas em áreas de risco, em relatório divulgado pela prefeitura no início do ano. De acordo com o documento, 13 mil domicílios estavam comprometidos.
Segundo Eduardo Paes, a Geo-Rio começa neste domingo a fazer um mapeamento de risco geológico em toda a cidade, para elaboração de um programa de remanejamento das famílias em áreas de risco. A conclusão do levantamento está prevista para daqui seis meses.
De acordo com o governador Sérgio Cabral, no próximo dia 15, o ministro da Fazenda Guido Mantega assinará a liberação de R$ 5,3 bilhões de recursos do Plano de Ajuste Fiscal. Desta verba sairá o R$ 1 bilhão destinada às remoções em todo o Estado.
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