O PAC 2, a segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento, do governo federal, deverá atender Campo Grande com R$ 307 milhões dos R$ 627 milhões solicitados para projetos estruturantes. O prefeito Nelsinho Trad (PMDB) conta que a pedido dos técnicos do governo federal teve que enxugar os projetos para chegar a um valor possível de repasse.

Os projetos que devem ser custeados com o dinheiro do PAC tratam da urbanização dos dois últimos fundos de vale no perímetro urbano de Campo Grande, Lageado e Bálsamo.

Se o governo federal aprovar as propostas, serão realizadas obras de drenagem e pavimentação, construção de Parques Lineares, remoção de famílias de áreas de risco e inauguração de novos residenciais na região dos Córregos Bálsamo, Lageado, Segredo, Imbirussu e Taquaral Bosque.

Apesar da redução no valor, o prefeito negou ter ficado decepcionado. “Se vier isso aí, está bom demais”, mencionou, durante entrevista coletiva ao final da manhã de hoje em seu gabinete. O dinheiro é OGU (Orçamento Geral da União) e seu recebimento não carece de contrapartida das prefeituras.

Amanhã, o prefeito embarca para Brasília, onde terá reuniões técnicas sobre os projetos. Ele participa de duas reuniões exclusivas no Ministério das Cidades e acredita que obterá a aprovação dos técnicos para os projetos.

As reuniões serão realizadas, especificamente, na Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental e Habitação às 16 horas e às 17 horas.

Conforme a assessoria da prefeitura, serão apresentados projetos técnicos e executivos, com investimento total no desenvolvimento dos projetos tem recursos em torno de R$ 307 milhões.

No caso do Bálsamo, o projeto pede R$ 67 milhões para a construção de 482 moradias. Para o Lageado, o valor beira os R$ 68 milhões para a construção de 553 casas. No caso do Segredo, o valor é de R$ 34,8 milhões para construção de 248 moradias. No Imbirrussu pretende-se construir 390 casas pelo valor de R$ 54 milhões. No Taquaral Bosque, a idéia é investir R$ 9 milhões na edificação de 64 casas.

No mesmo pacote estão sendo pedidos R$ 71 milhões para obras de manejo de águas pluviais no rio Anhanduí e córrego Cabaça e outros R$ 46 milhões para prolongamento da avenida Guaicurus que dá acesso às Moreninhas.

Corte

O prefeito não divulgou quais projetos ficaram de fora do PAC 2 devido às adequações que deve de fazer. Contudo, em março, quando, pela primeira vez, divulgou as obras que tentaria incluir nesta segunda etapa do PAC citou os corredores de ônibus que pretendia fazer para organizar o trânsito na Capital.

O valor pedido, segundo tabela divulgada à época era de R$ 149,8 milhões. Havia ainda um projeto para recapeamento em ruas da região central da cidade no valor de R$ 117 milhões.