Envolvido no escândalo de corrupção que atinge a cúpula do governo do Distrito Federal, o ex-chefe de gabinete do governador José Roberto Arruda (sem partido) Fábio Simão foi condenado pelo TC (Tribunal de Contas) local a ressarcir os cofres públicos em R$ 663 mil.

Ele e mais quatro ex-dirigentes da Federação Brasiliense de Futebol são acusados de não comprovar a aplicação dos recursos repassados pela Secretaria de Esportes para a entidade.

A federação é comandada por Simão, apontado como um dos principais operadores do suposto esquema de corrupção no governo Arruda.

A decisão, publicada no final do ano passado, apontou irregularidades no convênio que foi firmado em 2003. A Folha Online não localizou Simão para comentar a decisão do tribunal.

Na semana passada, Simão evitou depor sobre as denúncias do esquema de corrupção à Polícia Federal. A defesa do ex-chefe de gabinete de Arruda argumentou que assumiu o caso recentemente e que não teve acesso ao autos do inquérito sobre o suposto mensalão do governo do DF.

Ainda não há uma nova data para que ele seja ouvido. Relatório da PF indica que o dinheiro apreendido durante a Operação Caixa de Pandora na sala de trabalho do então chefe de gabinete veio de empresas que pagavam propina no esquema.

A PF, em relatório entregue ao STJ (Superior Tribunal de Justiça), diz que apreendeu dinheiro com a mesma série tanto na sala de Simão como nas empresas Vertax e Adler, que pagaram propina ao suposto esquema envolvendo o governo de Arruda, segundo Durval Barbosa, delator do esquema e ex-secretário do governador.