O Haiti precisa de um contingente maior de médicos e enfermeiras para ampliar o combate à epidemia de cólera que assola o país desde de outubro, disse nesta quarta-feira, 24, um oficial da agência humanitária da Organização das Nações Unidas (ONU).
Cerca de mil enfermeiras e ao menos cem médicos profissionais são necessários em caráter urgente para controlar o surto, que já matou mais de 1.400 haitianos, disse Valerie Amos, subsecretária-geral de Assuntos Humanitários da ONU.
“Precisamos fazer mais. Mas não é só dinheiro, é principalmente mão de obra. Precisamos de mais médicos, mais enfermeiras, mais pessoas que possam ajudar no ensinamento de cuidados preventivos”, disse Valerie.
“Temos que controlar a epidemia e reduzir o percentual de pessoas que estão morrendo. Precisamos fazer isso urgentemente. Dizem que a doença ainda não atingiu seu pico, e que vai ficar pior antes de melhorar”, concluiu a funcionária da ONU.
Os hospitais e centros de tratamento do Haiti estão completamente lotados com pacientes da cólera. Muitos deles estão sendo tratado do lado de fora dos prédios e em barracas improvisadas pelas ONGs e voluntários no país.
Além dos profissionais de saúde, a ONU diz que é preciso pessoal para promover as campanhas de prevenção e tratamento e para ajudar as equipes de reidratação, forma como é tratada a cólera.
Boa parte da estrutura médica do país foi destruída no terremoto de janeiro deste ano, que matou cerca de 200 mil e deixou 1,3 milhão de desabrigados. Mesmo com os problemas da cólera e da reconstrução, o Haiti realiza neste domingo eleições presidenciais.
