Sarita Fernandes Pereira, segundo a polícia, foi a responsável pela contratação do estudante Alexandro Silva. Ele cursa o quinto período de Medicina, mas trabalhava como pediatra no hospital Riomar, na Barra da Tijuca.

No mês passado, Alexandro atendeu Joana Marins de cinco anos, que chegou com convulsões. Ela foi medicada e liberada mesmo inconsciente segundo a família. De acordo com a polícia, o estudante usou o carimbo de outro médico para assinar o receituário.

A menina foi internada em outra clínica, ficou em coma por quase um mês e morreu ontem depois de uma parada cardíaca. Alexandro está foragido.

“Eles foram indiciados por falsidade de documento público, falsidade ideológica, exercício regular da medicina com resultado de morte e tráfico de drogas pela prescrição de um substância considerada entorpecente”, explica o delegado Luiz Henrique Pereira.

O hospital declarou que a médica foi a responsável pela contratação. “Eu acredito na Justiça, eu acredito na minha advogada e eu sei que isso tudo vai acabar bem”, afirma a médica Sarita Pereira.

Joana era alvo de uma disputa judicial entre o pai e a mãe e estava sob a guarda do pai. De acordo com diretor da clínica onde a menina ficou internada, ela apresentava hematomas e sinais de queimaduras nas nádegas. A mãe acusa o pai de agredir, o pai afirma que a filha sofria de uma doença neurológica, tinha convulsões e acabava se ferindo.

A polícia está investigando se houve maus tratos e se o estado de saúde da menina piorou por erro médico. O laudo do Instituto Médico Legal que vai revelar o que aconteceu com Joana antes de ela morrer fica pronto em um mês.

“O que eu estou sentindo agora é uma tristeza profunda porque eu não tenho mais a minha filha e eu quero saber quem é que vai pagar por isso”, afirma a mãe de Joana, Cristiane Marcenal Ferraz.