O ex-presidente do PT de Ponta Porã, José Moura, telefonou ao Midiamax para rebater declarações da professora Sônia Cintas e de outros dirigentes locais do partido, feitas durante reunião realizada ontem, segundo os quais a aliança firmada com o PSDB do prefeito Flávio Kayatt teria sido uma imposição de lideranças regionais, tendo sido citado o nome do senador Delcídio do Amaral.

“Na época todos recusaram sair candidato pelo PT: o Vagner Piantoni, o Paulinho Benitez, a própria Sônia Cintas não se prontificou. Não havia outra alternativa”, disse José Moura. Segundo ele, a decisão de se coligar com o PSDB foi tomada por unanimidade pelos dez membros da executiva municipal, sem qualquer imposição de lideranças regionais.

A aliança entre PT e PSDB em Ponta Porã soou estranha desde o início. O ex-governador Zeca do PT já havia dito que, pessoalmente, achava errada a decisão. No seu entender o partido deveria ter lançado a candidatura do empresário Paulo Benitez. Zé Moura assegura que Benitez foi consultado, e recusou. O resultado foi desastroso: o PT não elegeu nenhum vereador.

Pelo apoio à reeleição de Kayatt, o PT conquistou o direito de indicar o secretário municipal de Turismo, cabendo o cargo ao ex-vereador Marcelino Nunes. Agora, com a decisão tomada ontem de romper a aliança, Marcelino teria que pedir demissão. No entanto, ele disse que antes vai consultar o diretório regional para saber se, de fato, precisa fazer isso, já que o acordo teria sido referendado por esta instância partidária.