Mizael volta para casa após obter habeas corpus
O advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza voltou para sua casa em Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã desta sexta-feira (6), pela primeira vez desde que obteve um habeas corpus para responder em liberdade ao processo da morte da também advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada. Mizael chegou ao imóvel acompanhado do […]
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O advogado e policial militar aposentado Mizael Bispo de Souza voltou para sua casa em Guarulhos, na Grande São Paulo, na manhã desta sexta-feira (6), pela primeira vez desde que obteve um habeas corpus para responder em liberdade ao processo da morte da também advogada Mércia Nakashima, sua ex-namorada. Mizael chegou ao imóvel acompanhado do irmão, carregando uma pasta, e disse que deve ir a seu escritório ainda nesta tarde.
“Acredito na Justiça. A ordem processual foi restabelecida”, disse ele aos jornalistas pouco antes do meio-dia. O advogado também se disse emocionado com a decisão da Justiça, que revogou a prisão determinada na terça-feira (3).
Mizael já havia ficado foragido em outra ocasião. Na época, ele também voltou ao trabalho no dia seguinte em que sua prisão foi revogada, em 15 de julho.
Na noite desta quinta-feira (5), o réu no processo da morte de Mércia disse que não fugiu da polícia quando era procurado. Ele alega que durante os três dias em que esteve escondido permaneceu em Guarulhos, na Grande São Paulo. Mizael falou que vai lutar para permanecer em liberdade porque se considera inocente do crime.
“Vou continuar trabalhando, vivendo minha vida e respeitando a decisão judicial. Não fugi, fiquei em Guarulhos. Confio na Justiça e vou lutar para responder ao processo em liberdade porque sou inocente. Por isso recusei me apresentar”, disse Mizael sobre a decisão de não se entregar e a respeito do período em que ficou recluso.
Na concessão da liminar que garantiu a liberdade provisória de Mizael, a desembargadora Angélica de Almeida, do TJ, considerou que o advogado não tem antecedentes criminais, é réu primário, sempre compareceu à polícia quando chamado e não atrapalhou a investigação. Em seu despacho, ela também entendeu que o juiz que determinou a preventiva do acusado não levou em conta a “presunção de inocência”, como alegou seu defensor, o advogado Samir Haddad Júnior.
“Ainda que se reconheça a presença de veementes indícios de autoria e prova da materialidade do fato, não se vislumbra, no caso presente, ao menos, por agora, a necessidade da custódia cautelar do paciente”, escreveu, na decisão, a desembargadora. O mérito do habeas corpus ainda será analisado e julgado agora por três desembargadores, entre os quais a relatora Angélica. Não há previsão de quando isso ocorrerá.
Mizael tem agora 48 horas para comparecer ao Fórum de Guarulhos e comprovar que possui residência fixa. Nesta sexta-feira (6), ele deverá voltar ao trabalho no seu escritório de advocacia. Até a conclusão desta edição ele não havia retornado para sua casa.
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