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Médicos de MS apontam planos de saúde que dificultam procedimentos e citam Cassems

Pesquisa da Associação Médica Brasileira (AMB) mostra opinião dos médicos sobre os planos de saúde. Em Mato Grosso do Sul, os profissionais apontam plano que paga pior e que mais dificultaria procedimentos considerados caros.
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Pesquisa da Associação Médica Brasileira (AMB) mostra opinião dos médicos sobre os planos de saúde. Em Mato Grosso do Sul, os profissionais apontam plano que paga pior e que mais dificultaria procedimentos considerados caros.

Uma pesquisa encomendada pela Associação Paulista de Medicina (APM), em parceria com a Associação Médica Brasileira (AMB), aponta a opinião dos médicos sobre os planos de saúde. Em Mato Grosso do Sul, os profissionais apontaram a Cassems como o pior plano de saúde para a categoria médica.

O levantamento nacional feito pelo Datafolha mostrou a opinião dos médicos sobre a atuação das empresas de saúde suplementar. Foram entrevistados 2.184 profissionais em todos os estados brasileiros, que atendam a planos ou seguros de saúde particulares e tenham trabalhado com pelo menos três empresas nos últimos cinco anos. Em Mato Grosso do Sul, o instituto ouviu 51 médicos.

A pesquisa mediu a percepção sobre a atuação das empresas, e todas as respostas foram espontâneas. Para os profissionais que atuam no Estado, a Cassems é a que paga pior e a mais burocrática. No país, a Cassi foi vista como a mais burocrática; Amil, Geap, Medial e Cassi foram as que pior pagavam; e Geap e Cassi foram os piores planos na avaliação dos médicos.

O estudo revela ainda que 92% dos médicos relataram ter sofrido algum tipo de pressão dos planos de saúde. Entre os tipos de interferências na autonomia técnica do profissional, estão as tentativas de barrar procedimentos terapêuticos (78%) e a interferência no número de exames e procedimentos (75%).

Restrições a doenças pré-existentes e a interferência em atos diagnósticos e terapêuticos mediante designação de auditores foram citados por cerca de sete em cada dez profissionais.

Os médicos também listaram três planos de saúde que mais interferem na autonomia técnica dos profissionais:

Período de internação pré-operatório
CASSEMS, Unimed Campo Grande, Unimed Três Lagoas

Interfere no número de exames e procedimentos
CASSEMS, CASSI e Unimed Campo Grande

Prescrição de medicamentos de alto custo
CASSEMS, CASSI, Unimed Campo Grande, Unimed Três Lagoas

Restrições para doenças pré-existentes
CASSEMS e Unimed Campo Grande

Atos diagnóstico e terapêuticos mediante designação de auditores
CASSEMS e Unimed Campo Grande

Repercussão

Durante o lançamento da pesquisa em , o vice-presidente do Conselho Federal de Medicina, Aloísio Tibiriçá , disse que o papel dos Conselhos é processar diretores técnicos das operadoras caso haja interferência das empresas na autonomia dos médicos.

“Quando isso acontecer, tanto o profissional quanto o beneficiário deve denunciar a órgãos como Procon, Pro Teste ou à própria ANS (Agência Nacional de Saúde Suplementar)”, disse, lembrando que a ação foi reafirmada recentemente pelo Superior Tribunal de Justiça.

Já o presidente do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), Luiz Alberto Bacheschi, alertou para o fato de que a pressão dos planos de saúde prejudica o paciente. “Com o aumento das relações, o intermediário visa somente o lucro. O médico tem sua atividade cerceada e o usuário é massacrado em termos financeiros e com mau atendimento”.

A Cassems foi procurada para comentar o resultado da pesquisa, mas não deu retorno até o momento de publicação. (Editada às 15h20 para acréscimo de informações)

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