O médico da seleção brasileira admitiu nesta sexta-feira que Kaká se queixou de dores no joelho esquerdo durante a Copa do Mundo. José Luiz Runco, entretanto, negou a versão do Real Madrid de que o meia correu risco de ter uma lesão e que não deveria ter atuado. Porém, revelou que chegou a se reunir com o jogador e a comissão técnica antes do Mundial começar e a possibilidade de corte foi levantada.

“O púbis do Kaká estava perfeitamente normal para um jogador, mas havia lesão em dois músculos da região que o fazia se sentir preso, pouco antes da Copa começar. O mais confortável era cortá-lo, nos reunimos para conversar sobre isso, mas ele teve uma atitude muito forte de querer trabalhar para conseguir jogar e foi isso que aconteceu”, disse Runco.

Kaká atuou em quatro dos cinco jogos do Brasil na Copa do Mundo. Ele só não entrou em campo contra Portugal, pois estava suspenso.

“Na última semana da Copa, ele se queixou de dores no joelho. Eu receitei um antiinflamatório e ele jogou os dois últimos jogos. Depois eu não vi mais o Kaká, não sei o que aconteceu. Só sei que ele foi para a Disney”, revelou o médico.

José Luiz Runco nega que houve negligência. “Não tem nada a ver isso. Se deixamos jogar é porque ele tinha condições”, se defendeu. “Se não, eu não sou médico. Tenho 32 anos trabalhando com futebol e não arriscaria meu nome assim. Se jogou foi porque não tinha risco nenhum”, completou, sugerindo que não conhece Martens e que o belga deve ter ficado “eufórico” por ter operado um atleta do gabarito de Kaká.