Mais de 1.000 indígenas foram atendidos nos dois dias do mutirão “Cidadania, Direito de Todos” realizado no último fim de semana em Campo Grande. O projeto desenvolvido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em parceria com o Tribunal de Justiça (TJMS) tem o objetivo de conceder aos indígenas que vivem próximo a áreas urbanas documento de identidade, Carteira de Trabalho, CPF (Cadastro de Pessoa Física), além de orientações quanto a direitos previdenciários.
Nos dois dias de mutirão realizado em duas escolas situadas em aldeias urbanas, a Fundação Nacional do Índio (Funai) atendeu 220 indígenas e os cartórios fizeram registro civil para 258 índios. Outros 217 foram cadastrados para a obtenção do CPF, 216 índios receberam carteira de identidade, 78 obtiveram a Carteira de Trabalho e 73 foram atendidos pela Defensoria Pública do Estado.
Em Campo Grande vivem aproximadamente 11 mil indígenas e estima-se que, após o atendimento feito pelo mutirão da cidadania, cerca de 2.000 ainda permaneçam sem os documentos essenciais.
A falta de documentação gera graves problemas para os índios pois o Registro Administrativo de Nascimento Indígena (RANI), fornecido pela FUNAI nem sempre é aceito como documento para ter acesso a vagas de emprego ou programas do governo.