O lucro líquido da Petrobras foi de R$ 16,21 bilhões no primeiro semestre de 2010, de acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira (13). O valor é 11% superior aos R$ 14,45 bilhões apurados no primeiro semestre de 2009.

De acordo com a companhia, o resultado deve-se à recuperação dos volumes de venda no mercado brasileiro, com alta de 11%, e também ao aumento de 50% da cotação média do petróleo Brent no semestre, que atingiu US$ 77,27 /barril (contra US$ 51,60 /bbl no mesmo período de 2009).

A produção de petróleo e gás no Brasil subiu 3% em relação ao primeiro semestre de 2009. Em abril, a Petrobras alcançou o recorde mensal de produção de petróleo no Brasil, o equivalente a 2,33 milhões barris/dia.

Nos seis primeiros meses de 2010, os investimentos totalizaram R$ 38,10 bilhões, 17% superior ao investido no primeiro semestre de 2009.

No segundo trimestre, o resultado líquido foi de R$ 8,295 bilhões, 7% superior ao do primeiro trimestre de 2010. Esse aumento se deve, principalmente, à redução de 8% das despesas operacionais.

A Petrobras estima que o programa de investimentos será mantido conforme projetado.

Recorde

A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no Brasil e no exterior no primeiro semestre de 2010 aumentou 3% em relação ao mesmo período de 2009. No Brasil, a produção total (petróleo e gás) foi de 2,32 milhões de barris de óleo equivalente no semestre, contra 2,72 milhões.

O aumento na produção de plataformas como a de Marlin Sul, Marlim Leste, Roncador, entre outras, superou o declínio natural dos campos maduros. A produção doméstica exclusiva de petróleo alcançou 1,99 milhão barris/dia, enquanto a de gás natural chegou a 324 mil barris de óleo equivalente.

Em abril, a Petrobras alcançou o recorde mensal de produção de óleo no Brasil, com um total de 2,33 milhões barris/dia. A produção de petróleo e gás natural no exterior alcançou 246 mil barris de óleo equivalente, um aumento de 6% em relação ao primeiro semestre de 2009, impulsionado pela entrada de produção do campo de Akpo, na Nigéria, em março de 2009.

Investimentos

Os investimentos realizados no primeiro semestre de 2010 atingiram o patamar recorde de R$ 38,10 bilhões, aumento de 17% em relação aos recursos aplicados no mesmo período do ano anterior.

“Seguindo as metas traçadas no seu Plano de Negócios, a Petrobras continua investindo principalmente na ampliação da capacidade futura de produção de petróleo e gás natural, no setor petroquímico e nas refinarias”, informa o comunicado divulgado nesta sexta-feira pela companhia.

“Estamos investindo na manutenção das refinarias e também no aumento da capacidade de refino, na adequação da produção à demanda, na qualidade dos produtos e no aumento do processamento do petróleo produzido no país. A elevação da produção brasileira de petróleo, em conjunto com o crescimento econômico, exige a construção de novas capacidades, enquanto que o novo perfil de demanda por derivados mais nobres e de melhor qualidade requer investimentos na adequação da produção.”

Segundo a Petrobras, foram utilizadas, em média, 90% da capacidade instalada no Brasil de refino, priorizando a produção de diesel.

Vendas

As vendas de diesel aumentaram 9% no semestre, em função da recuperação da atividade industrial, do maior ritmo da colheita de grãos, do consumo gerado pelos investimentos em infra-estrutura e do fornecimento para térmicas a diesel na Região Norte.

A escassez de álcool no início de 2010, a redução do teor de álcool anidro em fevereiro deste ano e o maior consumo das famílias levou ao forte crescimento das vendas de gasolina no primeiro semestre, com alta de 19% em comparação com o mesmo período do ano passado.

Também houve forte aumento das vendas de gás natural (18%), em decorrência do maior
consumo do mercado não-térmico.

O endividamento líquido do Sistema Petrobras encerrou o mês de junho 16% acima daquele registrado em no primeiro trimestre de 2010, devido às captações de recursos que estão sendo aplicados no programa de investimentos.

O endividamento líquido ficou em 34%, dentro da meta estabelecida no plano de negócios, segundo a companhia.