Após o Natal, começa o período de troca dos presentes e o comércio de Campo Grande aproveita a oportunidade para continuar vendendo. Geralmente as lojas dão 30 dias para realizar a troca dos presentes, mas na semana seguinte ao Natal, muitas pessoas já voltam ao comércio para a troca.

Os lojistas aproveitam e oferecem várias opções na troca com a esperança de mais uma venda, desde que o produto esteja na caixa original e com etiqueta. “O cliente pode trocar o produto por outro de mesmo modelo e preço, de modelo diferente, por dois ou três produtos do mesmo valor do presente original ou ainda pagando a diferença do produto de sua escolha”, explica André Luiz, gerente de uma loja de calçados no centro de Campo Grande.

Segundo ele, a loja é de auto-atendimento e por isso é importante investir no bom atendimento. “São realizados treinamentos mensais para aprender a atender bem, tirar dúvidas e convencer os clientes a comprar mais em ocasiões como a troca”, explica.

Não só vender mais, como pagar a diferença do valor do presente são opções adotadas pelo comércio. O marmorista Luciano Rosa, 35 anos, comprou um presente de Natal para o seu sogro e voltou à loja para trocar. “Errei o número do calçado e vim trocar, mas não tem o mesmo modelo que comprei. Vou ter que pagar a mais por outro modelo”, conta.

Direitos e Deveres

A Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon/MS), afirma que a troca é obrigatória quando o produto oferece defeito de fabricação. Nos casos em que não há problemas com o produto, a troca passa a ser definida pela liberalidade de cada loja.

Segundo o coordenador do Procon em Campo Grande, Alexandre Rezende, cada loja faz um acordo verbal com o cliente para a troca, mas é preciso que o consumidor questione sobre a troca no momento da compra.

Se a loja se negar a trocar o produto, o cliente deve procurar o Procon, que irá realizar uma fiscalização, onde será feito um acordo pacificador e verbal ou se a empresa se negar o cliente pode abrir uma reclamação direta com audiência.