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Laudo aponta que filho de Cissa foi arremessado a 50 metros

O laudo da reconstituição do atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, apontou que o corpo do jovem foi arremessado a 50 metros após ser atingido pelo carro dirigido por Rafael Bussamra. As informações foram divulgadas nesta terça-feira (10) pela delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), responsável pelas investigações. Rafael Mascarenhas […]
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O laudo da reconstituição do atropelamento do músico Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, apontou que o corpo do jovem foi arremessado a 50 metros após ser atingido pelo carro dirigido por Rafael Bussamra.

As informações foram divulgadas nesta terça-feira (10) pela delegada Bárbara Lomba, da 15ª DP (Gávea), responsável pelas investigações.

Rafael Mascarenhas morreu atropelado na madrugada de 20 de julho quando andava de skate com amigos no Túnel Acústico, que estava interditado para manutenção. Segundo a delegada Bárbara Lomba, um jovem que estava com Rafael teria contado que dois carros participavam de um “pega” dentro do túnel. Os motoristas dos carros negaram as acusações dos skatistas.

A delegada disse ainda que espera encerrar o inquérito por volta do dia 20 de agosto, um mês após o acidente. Segundo Bárbara Lomba, o motorista Rafael Bussamra pode ser indiciado pelos crimes de homicídio culposo ou doloso (quando há intenção de matar), além de omissão de socorro, fuga e corrupção ativa, caso seja comprovado o pagamento de propina aos dois PMs. Se o jovem for condenado por homicídio doloso, a pena pode chegar a 20 anos.

O pai e o irmão de Rafael também podem responder por corrupção ativa, já que os dois afirmam que negociaram os valores de pagamento com o cabo e o sargento da Polícia Militar.

Os dois policiais estão na Unidade Prisional da Polícia Militar, em Benfica, na Zona Norte, e negam que houve pedido de propina ou extorsão.

Roberto Bussamra, pai de Rafael, afirmou em depoimento à polícia que levou o carro do filho a uma oficina em Quintino, no subúrbio do Rio. Uma parte do para-brisa do veículo onde o corpo foi arremassado foi retirada. Segundo a polícia, o trabalho da perícia foi prejudicado com a remoção do vidro.

“Foi mais complicado, os peritos cravarem um valor exato na velocidade, porque o vidro com a marca do impacto do corpo não foi preservado, assim como o local onde ocorreu o atropelamento”, disse Bárbara Lomba.

Carro estava a 100 km/h

O laudo divulgado pelo Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) sobre o veículo dirigido por Rafael Bussamra apontou que o carro estava a aproximadamente 100 km/h no momento do acidente. A polícia informou que no local há uma placa alertando que a velocidade máxima permitida é 70 km/h.

A delegada Bárbara Lomba alegou que ainda analisa através do cruzamento de informações de laudos e depoimentos que tipo de punição será aplicada ao atropelador.

“Ainda estou analisando se ele vai responder por homicídio culposo ou doloso. Estou reunindo algumas provas e espero ter uma conclusão até o final do mês de agosto”, explicou.

O documento do ICCE também aponta que as avarias no carro do atropelador não poderiam ter sido causadas se o veículo estivesse a uma velocidade inferior a 60 km/h. Segundo a delegada, as investigações da polícia já indicavam os resultados divulgados no laudo.

Atropelador confirmou 90 km/h

Rafael Bussamra, de 25 anos, admitiu em depoimento à delegacia que dirigia a pelo menos 90 km/h. O pai do rapaz, Roberto Bussamra, confessou à polícia que foi coagido por dois PMs do 23º BPM (Leblon) a pagar R$ 10 mil de propina para livrar o filho. No entanto, ele alegou que pagou apenas R$ 1 mil ao descobrir que a vítima era filho da atriz Cissa Guimarães.

O advogado de Rafael Bussamra disse que seu cliente parou para prestar socorro após o acidente. Ainda segundo o advogado, foi nesse momento que os policias militares Marcelo Leal e Marcelo Bigon chegaram ao local do acidente, dentro do Túnel Acústico.

“Os PMs encostaram ao lado do carro do Rafael dizendo que ele tinha que ir para a delegacia. Os policiais nem se preocuparam em saber como estava o Rafael Mascarenhas”, contou Levy. “Os PMs falaram: ‘Você já ligou e o socorro está vindo. Agora, temos que ir para a DP’”, complementou o advogado.

De acordo com o advogado, no caminho para a delegacia, os policias teriam “mudado de conduta”, desistido de levar o jovem para a delegacia e teriam pedido a propina.

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