Após aumento em julho, os juros cobrados pelos bancos em suas operações com pessoas físicas recuaram 0,6 ponto percentual em agosto, para 39,9% ao ano, informou nesta quarta-feira (22) o Banco Central.

Segundo a instituição, essa é a menor taxa de juros para pessoa física da série histórica da autoridade monetária, que tem início em julho de 1994. Também é a primeira vez que os juros ficam abaixo de 40% ao ano.

“O declínio da taxa de juros das pessoas físicas é explicado, principalmente, pela redução do custo relativo ao crédito consignado [com desconto em folha de pagamento] e pelo aumento da participação dessas operações na carteira de pessoas físicas”, informou o Banco Central.

Segundo a instituição, os juros médios cobrados pelos bancos nas operações de crédito consignado recuaram de 26,8% para 26,4% ao ano de julho para agosto.

Já a taxa média de juros dos bancos para todas operações de crédito, o que inclui pessoas físicas e jurídicas, recuou de 35,4% ao ano em julho para 35,2% ao ano em agosto. A taxa das empresas, por sua vez, foi elevada de 28,7% para 28,9% ao ano de julho para agosto, um aumento de 0,2 ponto percentual.

Principais linhas de crédito

Em agosto, os juros médios cobrados pelos bancos no cheque especial para pessoa física caíram para 165,6% ao ano, contra 167,3% ao ano no mês anterior. Apesar do recuo, o juro do cheque especial é um dos mais altos de todas modalidades de crédito.

Para as operações de crédito pessoal com pessoas físicas, a taxa média cobrada pelas instituições financeiras caiu para 42% ao ano em agosto, na comparação com 42,2% em julho. Para a compra de automóveis, os juros recuaram de 24% ao ano em julho para 23,4% ao ano no mês passado.

No caso das linhas de crédito de empresas, a taxa para desconto de duplicata passou de 41,1% em julho para 42,8% ao ano em agosto. Para capital de giro, os juros médios dos bancos foram de 30,2% em agosto deste ano, na comparação com 29,9% em julho deste ano.