Ibama solta 500 canários apreendidos com traficantes
Os 500 canários-da-terra apreendidos ontem com traficantes de aves numa operação conjunta entre o Ibama de Mato Grosso do Sul e a Polícia Federal acabam de ser soltos numa fazenda no Pantanal. A fazenda fica próxima a Corumbá, no distrito de Albuquerque. Biólogos do Ibama MS e um professor do campus de Corumbá da Universidade […]
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Os 500 canários-da-terra apreendidos ontem com traficantes de aves numa operação conjunta entre o Ibama de Mato Grosso do Sul e a Polícia Federal acabam de ser soltos numa fazenda no Pantanal.
A fazenda fica próxima a Corumbá, no distrito de Albuquerque.
Biólogos do Ibama MS e um professor do campus de Corumbá da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul identificaram as aves como sendo procedentes da região pantaneira, um ecossistema comum entre o Brasil e a fronteira com a Bolívia e decidiram soltar as aves para evitar a mortandade dos pássaros.
A fiscalização do Ibama multou os quatro brasileiros presos ontem na barreira da BR 262 em R 2,5 milhões de reais.
Ademir Ribeiro, fiscal do Ibama lavrou a multa com base no laudo dos dois biólogos que consideram as aves ameaçadas de extinção. A multa foi de 5 mil reais para cada exemplar apreendido.
Os traficantes pegos na barreira da BR 262 tinham como destino a cidade de Belo Horizonte em Minas Gerais.
A Superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul considera o tráfico de animais silvestres um dos maiores desafios da fiscalização da instituição no Estado.
Segundo dados do Ibama e da Renctas-Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, o tráfico internacional de animais silvestres só perde para o tráfico de armas e drogas.
E chega a movimentar perto de 20 bilhões de reais por ano em todo o mundo. O tráfico de animais silvestres no Brasil responderia por 15% desses números.
A estimativa do Ibama é de que entre 12 e 30 milhões de animais são retirados da natureza todos os anos pelo tráfico e destes, só um sobrevive.
Para David Lourenço, superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, o tráfico e biopirataria (tráfico para fins científicos) ameaçam a biodiversidade e a riqueza dos ecossistemas existentes no Estado: “ além da perda da biodiversidade e ameaça de desaparecimento de espécies, o país perde potenciais riquezas econômicas com esse crime”, afirma.
David acrescenta quer operações como essa que visam coibir esse tipo de tráfico vão ser intensificadas no Estado, com o apoio da Polícia Federal.
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