Com um total de 283 autos de infração, somando mais de R$51 milhões, o Ibama em Mato Grosso do Sul fecha 2010 centrando a fiscalização em desmatamentos dos biomas Pantanal e Cerrado. O uso de tecnologia como o geoprocessamento tornou mais eficaz o combate aos desmatamentos e à derrubada de mata para a produção de carvão no Estado.

A comparação de imagens de satélite de 2008 com 2010 foi decisiva para o êxito de operações contra desmatamentos como a Guaicurus que em dois meses de atuação gerou cerca de 30 milhões em multas, embargou mais de 5 mil hectares de áreas desmatadas sem autorização e flagrou outros desmatamentos que somam mais de 10 mil hectares localizados na BAP (bacia do Alto Paraguai).

A atuação de Ibama MS está sendo decisiva nos últimos anos para a queda das infrações por desmatamentos e produção de carvão: em 2008 foram 268 autos de infração só para esse tipo de infração. Agora em 2010 o número de infrações contra a flora caiu para menos de 120 autos.

A maioria dos crimes ambientais praticados em 2010 no Mato Grosso do Sul envolvem desmatamentos dos 3 biomas existentes no Estado (pantanal a norte e oeste, cerrado no centro e Mata Atlântica no sul e sudeste do Estado). São mais de 32 milhões de reais em multas só no caso de desmatamentos. Infrações contra a fauna, como tráfico de animais silvestres, criatórios irregulares e biopirataria respondem pelos outros 19 milhões de reais em multas aplicadas pela instituição no Estado.

Embora Campo Grande lidere os municípios com mais infratores ambientais: 38 casos, Corumbá é o município que mais desperta a atenção do Ibama no Estado por concentrar os maiores desmatamentos e sediar o complexo minero-siderúrgico do Estado.