Fujimori passa por operação para retirada de úlceras na língua

O ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000) foi operado nesta quarta-feira para a retirada de duas pequenas úlceras da língua, informou seu filho mais novo, Kenji. Em entrevista a jornalistas, o mais novo dos Fujimori disse que a operação transcorreu “sem complicações” e que agora o ex-presidente permanecerá em observação médica “para evitar que as úlceras […]

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O ex-presidente peruano Alberto Fujimori (1990-2000) foi operado nesta quarta-feira para a retirada de duas pequenas úlceras da língua, informou seu filho mais novo, Kenji.

Em entrevista a jornalistas, o mais novo dos Fujimori disse que a operação transcorreu “sem complicações” e que agora o ex-presidente permanecerá em observação médica “para evitar que as úlceras ressurjam”.

“Foram duas úlceras de 4 milímetros”, afirmou Kenji, acrescentando que os médicos decidiram extirpar uma porção maior que a prevista para reduzir as chances de uma nova úlcera.

O filho de Fujimori afirmou ainda que a previsão é de que o ex-presidente peruano ficará internado até quinta-feira (18), mas “tudo dependerá do processo de recuperação”.

“Ele está bem disposto, perfeitamente tranquilo, sereno, não há outras complicações. A operação durou 40 minutos. Estive em contato com o médico, que disse que a operação foi um sucesso”, destacou.

Fujimori foi levado terça-feira da cela que ocupa na Direção Nacional de Operações Especiais (Diroes) para o Instituto Nacional de Doenças Neoplásicas (INEN), em Lima.

Em 27 de janeiro, ele já tinha se submetido a um exame médico no INEN para avaliar se teria que ser operado de duas lesões pré-cancerosas que tem na parte posterior da língua. Na época, os médicos decidiram não operar devido aos problemas de coagulação que Fujimori apresentava.
Fujimori está detido na Diroes desde sua extradição do Chile, em setembro de 2007, por dois casos de violação dos direitos humanos e cinco de corrupção.

Em abril do ano passado, um tribunal condenou Fujimori pela morte de 25 pessoas em Barrios Altos (1991) e La Cantuta (1992), assim como pelo sequestro de um jornalista e um empresário, após o “autogolpe” de Estado de 1992.

O ex-presidente também foi condenado no ano passado a oito anos pelo pagamento de uma indenização de trabalho a seu então assessor Vladimiro Montesinos, a 6 anos pelo aplainamento ilegal da casa da mulher dele e a outros seis anos por outros casos de corrupção, mas as penas não são acumulativas no Peru.

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