Deise Marilin Florentin, 20, e o enfermeiro Denilson Rodrigues Nunes, 34, que trabalha no hospital (segundo a Polícia Civil da cidade) Oscar Ramires Pereira, foram presos ontem (27) em flagrante por prática de aborto na cidade de Porto Murtinho.

Por trabalhar em hospital, Denilson se apropriava de medicamentos e cobrava de R$ 250 a R$ 300 por aborto. Ele era suspeito de ter agido em outros casos porém a polícia não tinha provas. Segundo a Polícia Civil, Denilson deu medicamentos para Deise — grávida de um menino de 6 meses — na casa da irmã da mulher, na última terça-feira (26).

Depois de tomar o medicamento, com muitas dores e sangramento, Deise deslocou-se, por volta das 4h, até a casa de sua sogra, localizada no bairro Nossa Senhora Aparecida. O Corpo de Bombeiros foi acionado e a levou para o hospital da cidade.

A polícia encontrou o feto envolto de casaco em cima de um estrado de cama na varanda da residência. Segundo a sogra de Deise, que prestou depoimento como testemunha, ela teria dito para deixar o feto ali, pois ela “daria um jeito”. Deise recebeu voz de prisão ainda no hospital.

Já Denilson que é dono de um bar na rua 13 de maio também no centro, foi preso às 17h30 de ontem no local, depois de sair do expediente às 17h do hospital. Segundo a polícia, Deise mora com a mãe no bairro Jockey Club.

Os dois responderão por aborto provocado pela gestante com ou sem consentimento e aborto provocado por terceiros com ou sem consentimento da gestante. Os dois podem pegar de 1 a 11 anos de prisão.