A candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, classificou nesta quinta-feira (8) de “bárbaro” o assassinato de Eliza Samudio, 25. O goleiro do flamengo Bruno Fernandes foi preso após indícios de ter participado do crime. Antes de um almoço com prefeitos na cidade de Bauru, no interior de São Paulo, Dilma pediu uma “punição exemplar” para o que chamou de “carnificina”.

– Acho um crime bárbaro. Todo o Brasil repudia um crime com essa barbaridade, essa perversidade porque ele cria na gente aquela repulsa instintiva diante da carnificina. Acho que é fundamental que esse sentimento se transforme em providências objetivas para que esse crime não fique impune.

Ao pedir uma “punição exemplar” aos culpados pelo crime, Dilma disse que sua indignação aumenta por se tratar de “um crime contra uma mulher”, e lembrou da Lei Maria da Penha.

– Fizemos um grande esforço para aprovar a Lei Maria da Penha, criada para prevenir crimes desse tipo.

A candidata disse que o assassinato revela a “discriminação” contra a mulher.

– [O crime] tem o conteúdo de discriminação, de desvalorização da mulher, de tornar uma pessoa do gênero feminino uma pessoa que não é igual a outras pessoas.

Questionada sobre a participação de menores no crime, ela disse que é preciso uma política específica para o assunto, mas refutou a pena de morte.

– Se fosse eficaz, não haveria crimes desse tipo nos Estados Unidos [onde há pena de morte].