O Diário Oficial da União publica hoje (28) portarias do Ministério da Saúde com medidas para estimular a doação de órgãos e reduzir as deficiências que impedem eles sejam levados a quem precisa no tempo adequado. Além de propagandas para conscientizar a sociedade sobre a importância da doação, o governo aumentou para R$ 600 o valor de remuneração pelos exames complementares para o diagnóstico da morte encefálica.

Ontem (27), durante o lançamento da campanha para estimular a doação, o secretário de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde, Alberto Beltrame, disse que a remuneração maior vai permitir que esses exames sejam realizados com mais rapidez.

De acordo com o ministério, a intenção é aumentar em até 20% o número de transplantes realizados no país. Em 2009 foram feitos 20.253 transplantes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), mas a fila de espera ainda é três vezes maior. Apesar disso, o Brasil ocupa a segunda posição no ranking dos países que mais realizam transplantes a cada ano. A maioria dessas cirurgias (90%) é feita pelo SUS.

Pelos dados do ministério, o número de transplantes cresceu 16,4% no primeiro trimestre desse ano em relação ao mesmo período de 2009. Dados dos últimos três anos indicam que o rim é o órgão mais transplantado. Com exceção do coração, aumentou o número de transplantes dos outros órgãos.

As portarias publicadas hoje incluem, além da melhoria na infraestrutura do sistema, a criação de novos leitos para transplante de medula óssea e a implementação de centros de multitecidos para transplante de córnea, ossos e pele.