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Denúncia contra o governo gera bate-boca em plenário

Uma manifestação do deputado estadual Pedro Kemp (PT) contra a suposta pressão do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) sobre servidores públicos acabou em acalorado bate-boca com o parlamentar governista Carlos Marun (PMDB) no plenário da Assembleia Legislativa nesta manhã. O presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB), teve que intervir para manter a […]
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Uma manifestação do deputado estadual Pedro Kemp (PT) contra a suposta pressão do grupo do governador André Puccinelli (PMDB) sobre servidores públicos acabou em acalorado bate-boca com o parlamentar governista Carlos Marun (PMDB) no plenário da Assembleia Legislativa nesta manhã. O presidente da Casa de Leis, Jerson Domingos (PMDB), teve que intervir para manter a ordem nos debates.

Kemp discursava sobre entrevista do presidente da Fetems (Federação dos Trabalhadores da Educação de MS), Jaime Teixeira, concedida ao Midiamax na qual o dirigente reclama que educadores têm sido pressionados a fazer campanha para candidatos do governo.

O petista relatou ter conhecimento de vários casos de coação de servidores para votar e divulgar candidatos ligados ao governo. Kemp cobrou atitude do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) que, inclusive, já recebeu representações sobre irregularidades na campanha eleitoral dos governistas.

O petista comparou a situação vivida pelos educadores à ditadura. “Estou aqui não só para repudiar este tipo de coisas, mas para pedir providências à Justiça Eleitoral”, mencionou.

No microfone de apartes, Marun reclamou da comparação com a ditadura. “O deputado chega aqui e estufa o peito falando em …”, disse sem conseguir completar a frase interrompido por Kemp: “quem estufa o peito é vossa excelência”, disse o petista levantando a voz.

“O senhor me respeita que eu estou fazendo o aparte”, bradou Marun já aos gritos. “Me respeite vossa excelência”, devolveu Kemp. Jerson Domingos interferiu pedindo que os dois se comportassem. “Quem permite o aparte tem que deixar o outro falar”, explicou o presidente da Assembleia.

De volta ao aparte, Marun demonstrou ter feito uma leitura diferenciada do discurso do colega e procurou esclarecer a expressão “estufar o peito”.

“ (…) Agora, não se pode tentar impedir os servidores de posicionar voto em quem é competente”, disse. “Quando falei estufar o peito eu o disse no sentido positivo. Eu me referia a uma fala com eloqüência. Mas, para mim o ‘estufar o peito’ está encerrado”, completou.

Retomando o discurso, Kemp voltou a criticar a atitude do colega. “Estufar o peito pode estar encerrado, mas isso [atitude de Marum] é arrogância. Se o senhor quer respeito, então me respeite também”, cobrou.

Kemp reclamou que Marun tentou distorcer as palavras dele ao mencionar liberdade de escolha dos servidores. “Acho que o senhor não entendeu o que eu disse. Estou cobrando aqui uma atitude do TRE. (…) O que eu disse aqui é que tem servidor público sendo obrigado a votar no governo. Obrigado a participar de reuniões do governo. O que é isso, se não ditadura?”, questionou.

“Eu sei de servidores que estão sendo coagidos a colocar adesivos de candidatos do governo no carro. Daqui a pouco vão amordaçar os servidores”, alertou Kemp.

Em aparte ao discurso de Kemp se posicionaram os petistas Paulo Duarte e Amarildo Cruz. Este último, aliás, disse considerar “uma afronta” o TRE-MS não tomar qualquer providência sobre as denúncias já apresentadas. “A Justiça precisa se manifestar. Só não dá para ser depois do dia 3 de outubro”, cobrou.

Quem também se manifestou foi o governista Zé Teixeira (DEM). Ele mencionou que os educadores são uma parcela esclarecida do eleitorado, portanto, dificilmente, pressão do governo, como denunciou Kemp, surtiriam efeito.

“Não se preocupe com os adesivos. O voto não está nos adesivos. Está na consciência, no coração e é secreto. O coronelismo já passou”, citou. Kemp concluiu o discurso reiterando que aguarda providências do TRE-MS.

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