Crise no DEM não afeta aliança com PSDB, diz Kassab

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reafirmou hoje que, apesar da crise no Democratas, o partido estará ao lado do PSDB nas eleições de outubro. “A aliança é consolidada, pública e irreversível”, afirmou o prefeito, após evento do governo estadual na zona norte da capital. O DEM teve seu único governador, José Roberto […]

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O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (DEM), reafirmou hoje que, apesar da crise no Democratas, o partido estará ao lado do PSDB nas eleições de outubro. “A aliança é consolidada, pública e irreversível”, afirmou o prefeito, após evento do governo estadual na zona norte da capital.

O DEM teve seu único governador, José Roberto Arruda, do Distrito Federal, preso, depois de deixar o partido, por comandar um suposto esquema de pagamento de propina. Hoje, o vice de Arruda, Paulo Octávio, que também era do DEM, renunciou ao governo. Sábado, a Justiça Eleitoral cassou o mandato de Kassab por supostas irregularidades em doações que recebeu na campanha eleitoral de 2008. A cassação foi suspensa ontem pela Justiça.

O temor dos tucanos é de que os episódios respinguem na possível candidatura à Presidência do governador paulista, José Serra, que chegou a cogitar Arruda como vice na sua chapa. Para Kassab, esse contágio não acontecerá. “Se alguém quiser, equivocadamente, se valer de um fato que não existe, o eleitor saberá fazer sua avaliação.” Sempre que o caso era citado em perguntas dos jornalistas, ele corrigia: “Não existe cassação. Não sou vítima de nada. Não fui condenado a nada.”

O prefeito reafirmou seu apoio à possível candidatura de Serra e destacou os méritos do governador. “Serra dispensa qualquer outra avaliação que não seja sua própria biografia para pleitear qualquer cargo público no plano nacional”, disse. Questionado se conversara com o tucano sobre sua cassação nos últimos dias, Kassab fugiu do assunto. “Eu confio na Justiça. Tenho certeza que Serra, como eu, também confia na Justiça brasileira.”

Pouco antes, Serra disse, em entrevista no mesmo evento, que seria “ridículo” o PT tentar usar a cassação de Kassab para fins eleitorais e que só uma “oposição oportunista” faria isso. “Seria ridículo usarem, até porque foi cassado, entre aspas, um montão de petistas também”, afirmou o governador.

Kassab condenou a relação feita pela imprensa entre as doações de campanha de empreiteiras com os contratos firmados pela Prefeitura com as empresas. “Assim, colocaríamos sob suspeição qualquer candidatura a qualquer cargo no País de pessoas com alguma vinculação com o poder público”, respondeu. “Seria uma calúnia muito grande. Pessoas de bem pensariam muito bem antes de fazer afirmações desse tipo.”

Serra e Kassab fizeram hoje sua primeira aparição pública juntos depois da notícia da cassação do prefeito, no sábado. Os dois inauguraram uma escola técnica estadual (Etec) no Jaraguá, zona norte da cidade. Ontem, o governador não teve agenda pública.

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