A pouco mais de duas semanas do julgamento de Alexandre Nardoni e Anna Carolina Jatobá, acusados de matar Isabella Nardoni em março de 2008, o G1 listou as 21 testemunhas que foram arroladas para serem ouvidas pelo advogado de defesa dos réus, Roberto Podval, e pelo promotor do caso, Francisco Cembranelli. O júri popular, que será composto por sete jurados escolhidos na sociedade, está marcado para as 13h do próximo dia 22 de março (uma segunda-feira) no Fórum de Santana, na Zona Norte de São Paulo. O juiz Maurício Fossen irá conduzir o julgamento.

O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou na quarta-feira (3) a liminar pedida pela defesa que solicitava a retirada da acusação de “fraude processual” – eles são acusados de limpar a cena do crime antes da chegada da polícia. A análise do recurso poderia adiar a data do julgamento do pai e da madrasta da menina. Com a liminar negada, o julgamento deve ocorrer no dia marcado. A defesa não informou se entrará com um novo recurso.

Entre as testemunhas, há 17 convocadas somente pela defesa, três arroladas tanto pela defesa quanto pela acusação e uma apenas de acusação. Essa última é a bancária Ana Carolina Oliveira, mãe de Isabella.

Podval arrolou em sua maioria, “técnicos” para depor. Estão entre eles policiais que investigaram o caso, peritos e um ex-advogado do casal, Rogério Neres de Souza. A estratégia da defesa será a de desqualificar o trabalho da polícia e da perícia. Foram a partir de indícios levantados pela investigação que o casal foi preso. Além da acusação de assassinato, Alexandre e Jatobá teriam tentado apagar provas contra eles, de acordo com o Ministério Público. Ambos aguardam o julgamento presos em penitenciárias de Tremembé, a 147 km da capital.

Isabella era filha de Alexandre e enteada de Jatobá. Para a acusação, a madrasta tentou esganar a criança, que tinha 5 anos, e o pai a jogou da janela do sexto andar do apartamento onde moravam no dia 29 de março de 2008. O casal alega inocência.

Veja quem são as testemunhas: