O eleito Francisco Everardo Oliveira Silva, o Tiririca (PR-SP), visitou o Congresso pela primeira vez e disse que chegou “em um bom dia”, referindo-se à votação, nesta quarta-feira (15), do aumento de salário dos parlamentares.

“Dei sorte”, afirmou Tiririca no início da tarde, antes da aprovação do reajuste pela Câmara. Enviado para o Senado, o projeto também foi aprovado e entrará em vigor assim que publicada. Segundo o deputado eleito, a proposta de aumento é “bacana” e “legal”.

Dono da maior votação do Brasil nas eleições deste ano (1,35 milhão de votos), o deputado eleito chegou à Câmara pela Chapelaria e foi recepcionado pelo líder do PR na Câmara, deputado Sandro Mabel (PR-GO).

Em meio ao tumulto, Mabel mostrou um pouco da estrutura da Casa ao novo deputado e o levou até a sala da liderança do partido, onde os dois participam de reunião na tarde desta quarta.

No trajeto até a sala da liderança do PR, Tiririca respondeu a algumas perguntas.

Indagado se chegou à Câmara “fantasiado” de político e se já aprendeu as tarefas de um parlamentar, ele respondeu: “Neste exato momento eu sou político. Já aprendi, com certeza, e vou aprender mais com os colegas aí”.

Segundo ele, a ingenuidade e a ironia do  personagem de palhaço que interpreta  na televisão não vão mudar no plenário.

Sobre o assédio da imprensa devido ao expressivo número de votos, o deputado eleito afirmou que já teve momentos parecidos. “Na época da Florentina [música que se tornou hit nos anos 90] era assim”, disse.

Tiririca também afirmou que não vai abandonar a vida artística. Ele disse que pretende conciliar as duas  tarefeas. “Com certeza. Ainda tenho quatro anos de contrato [como comediante]”, afirmou.

Francisco Everardo Oliveira Silva também respondeu que um dos políticos que ele admira e em quem se espelha é o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Sobre a presidente eleita Dilma Rousseff, ele disse apenas: “Vamos ver.”

O deputado eleito também afirmou que dará prioridade a projetos na área da , mas não deu detalhes. Tiririca disse que não sentiu preconceito de colegas deputados por ser humorista. “Não senti nada de preconceito”, afirmou.